Finanças: um eterno problema do Varzim?

O Varzim poderá ter de pagar um montante superior a 600 mil euros em dívidas ao fisco. A notícia é avançada pelo jornal Póvoa Semanário, segundo o qual o clube não cumpriu com as obrigações fiscais durante o anterior mandato de Luís Oliveira.
De acordo com o mesmo jornal, a inspecção levada a cabo pelo Ministério das Finanças revela graves irregularidades e prejuízos em multas e altos juros. Alguns desses juros estão mesmo relacionados com negócios ou contratos que envolvem contas off-shore.
Foi este o triste legado que a anterior direcção deixou. O clube não tem dinheiro nem para pôr um cego a cantar. Literalmente à beira da ruína financeira, o Varzim lá conseguiu inscrever a equipa na Liga de Honra. Mas as desagradáveis surpresas são constantes e torna-se imperioso responsabilizar quem, enquanto lá esteve, foi tudo menos responsável. E esse papel cabe por inteiro a nós varzinistas e àqueles que comandam os destinos do clube. E ainda nada foi feito depois de divulgado o resultado da Auditoria encomendada por esta direcção.
Mas uma coisa é certa, e há que deixar de lado os falsos pudores: o ex-presidente Luís Oliveira não zelou pelo futuro do Varzim e agora devia aparecer e dar a cara para desapertar este nó cego. É urgente que a direcção bombeira de Lopes de Castro apague este incêndio que corre o risco de ficar fora do controlo. Isto se mais surpresas como esta não pararem de surgir.
Será que assistiremos a mais capítulos desta triste novela? Aguardemos...
O Varzim não pode entrar para a história como mais um dos falidos a ter que encerrar as portas. E todos sabemos que essa hipótese foi recentemente ponderada por várias forças vivas do clube, dadas as notórias dificuldades que atravessa.
Ao fim da tarde de hoje o «Preto No Branco» tentou várias vezes contactar o presidente Lopes de Castro para obter mais esclarecimentos sobre este caso, mas sem sucesso.
Entretanto, o Póvoa Semanário conseguiu apurar que a direcção do Varzim já fez contactos com diversas entidades, de modo a encontrar uma solução.
Tal como disse o nosso capitão, é preciso falar do Varzim pela positiva... e este não é seguramente o caminho a seguir.
Acima de tudo, é urgente encontrar os responsáveis por esta profunda crise e responsabilizá-los exemplarmente.
Não se trata de punir por punir... nem tão pouco falar mal de alguém de forma intencional.
Esta é uma questão da mais elementar justiça.
E, por todos nós, o Varzim está e estará sempre acima deste tipo de falcatruas.