«Nas três primeiras jornadas da Liga de Honra, o Varzim já conheceu de tudo: venceu, perdeu e empatou. Portanto em três jogos somou quatro pontos. Se analisarmos esta ainda curta carreira, constata-se que esses pontos foram somados nos dois jogos fora de portas, quando no disputado em casa houve um desperdício de três pontos. Portanto, apesar de tudo, há um saldo favorável. O mesmo não acontecendo em termos de golos que está “ela-por-ela”, com cinco marcados e outros tantos sofrido, com maior caudal ofensivo nos dois jogos em terrenos alheios.
Dentro da mesma análise feita às três primeiras jornadas, a equipa varzinista teve, em todas elas, de correr atrás do prejuízo: na abertura, na Maia, esteve a perder e depois passou ao resultado favorável para 2-1; a seguir, na Póvoa, viu o Covilhã adiantar-se no marcador com dois golos e no período de desesperada recuperação só teve o seu trabalho premiado com um golo, o que não bastou para evitar a derrota; e no domingo passado, no Marco de Canaveses, voltou a ficar na mó de baixo, bastante cedo, com dois golos sofridos, para após o intervalo tomar conta do jogo na tentativa de evitar a derrota, o que aconteceu já em período de descontos, mas sem, contudo, se tornar no prémio merecido para o porfiar constante da equipa poveira que teve de contentar-se com o empate.
Posto isto, e virando-nos para a forma como o Campeonato está a decorrer, a surpresa maior vem da Serra da Estrela, com os três triunfos do recém-promovido Covilhã. Quem diria? Também outro promovido, o Vizela, ainda não perdeu, com uma vitória e dois empates. Por sua vez o repescado Gondomar, nos dois jogos disputados em casa venceu por 1-0 (um deles ontem frente ao Barreirense que ainda não tinha perdido) e ultrapassou o Varzim que está no 8.º lugar com 4 pontos. Neste momento há três equipas que só somaram vitória: o Covilhã (três), o Estoril e o Gondomar (ambas com duas em dois jogos). Também ontem o Chaves, outro repescado, foi ao Marco vencer por 2-1, depois de dias antes ter perdido por 2-0 em Matosinhos frente a um Leixões que aposta forte na subida e que vai em 2.º lugar, com duas vitórias e um empate, resultados iguais aos obtidos pelo Beira Mar, outro assumido candidato para subir de onde desceu.
Por esta amostra se constata que o Campeonato, e tal como se previa, está a “aquecer” bastante cedo. Com algumas surpresas pelo meio. Daí que a carreira do Varzim não esteja a desagradar aos seus adeptos, antes pelo contrário, pois mais uma vez no Marco “puxou” de tal forma pela equipa que seria uma injustiça manter-se a derrota até final, como esteve prestes a acontecer.

“Quem as urde que as teça”, como diziam os nossos avoengos. E as atitudes ficam para quem as pratica e não para quem as testemunha.
Pelo lado do Varzim, nada bafejado pela arbitragem nesse jogo, ao contrário do que foi insinuado, o que mais interessa é olhar frontalmente para o futuro e caminhar firmemente rumo às suas ambições.
Vamos lá ver quem vai ser o Casino mais forte, na roleta montada no Estádio do Varzim: se o do Estoril, mais a fama que o envolve, se o da Póvoa de Varzim que também sabe criar os seus “jackpot’s”. No “negócio da China” (o dos chineses) os dois Casinos igualam-se. Só que o futebol tem outras leis diferentes das dos tais jogos de fortuna ou azar, embora também praticado sobre um palco verde, um de pano e outro de relva.
Se a massa adepta varzinista se comportar no apoio à equipa como tem feito até aqui, e se os jogadores demonstrarem a mesma forma de actuar, com ardor e sentido de ajuda, talvez nem seja necessário recorrer a qualquer promessa feita à Senhora das Dores, para as coisas correrem de feição para os poveiros no dia da sua festa.
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