Show de bola... sem golos... outra vez...

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LIGA DE HONRA - 13.ª jornada

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VARZIM ----- 0

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Olhanense ----- 0

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E vão seis... seis empates em sete jogos sem perder... mas também sem ganhar. Desde a derrota em casa frente ao Gondomar (0-3), o Varzim assumiu-se definitivamente como o rei dos empates nesta Liga de Honra... ao todo são sete, entre três vitórias e outras tantas derrotas.

Já começa a ser uma sina... dominar, dominar, dominar... sem materializar... e os adeptos começam a desesperar.

Ao cabo da dupla operação em casa, depois de um injusto e roubado empate com o Vizela na semana passada, esperava-se que estes três pontos ficassem do lado de cá... mas por inépcia atacante e por vontade de terceiros, o Varzim voltou 'a ver navios'... em vésperas de uma difícil deslocação ao terreno do líder Beira Mar.

Mas isso são contas para fazer mais à frente.

Por agora, olhemos para o jogo desta tarde: começou mal, incaracterístico, sem qualquer tipo de atractivo, num terreno pesadíssimo (fruto das fortes chuvadas dos últimos dias)... que foi uma dificuldade constante para jogadores como Eliseu ou Mendonça... duas unidades centrais na manobra alvi-negra.

O que mais se viu foram duas equipas sem engenho nem arte para tomar conta do encontro.

Mas não há dúvida que essa tarefa estava muito mais incumbida aos da casa, necessitados de pontos e de vitórias para abandonarem a zona perigosa. Sem sucesso.

Por um lado, porque não se viu no colectivo alvi-negro nenhum jogador capaz de assumir as despesas do jogo, por outro lado, porque na hora de fazer aquilo que é realmente importante em futebol, as coisas ou não acontecem (o primeiro remate à baliza do Olhanense ocorreu aos 35 minutos) ou dão para o torto... é o mesmo que dizer, há golos que se falham e jogadas que se perdem inexplicavelmente.

De uma parte para a outra só mesmo uma coisa mudou: a atitude dos jogadores do Varzim no terreno.

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Afinal a vitória também dependia da vontade da arbitragem

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De um Varzim sem iniciativa, passamos a ter um Varzim mandão... sem complexos, que subiu... com mais ou menos dificuldade... pelo meio campo do Olhanense, mas esbarrou sempre ou na consistente malha defensiva dos algarvios... com o guarda-redes Veríssimo em bom plano... ou na má vontade (transformada em cegueira) do fiscal de linha que estava do lado dos cativos.

Foram foras de jogo assinalados sem jeito, arremessos de linha lateral assinalados ao contrário, faltas que só ele é que não via e outras situações, como aquele corte limpíssimo de Rui Miguel sobre um central do Olhanense que isolava o ponta de lança poveiro dentro da grande área, que o senhor fiscal transformou em falta contra o Varzim. Tudo isto com o beneplácito do senhor Elmano da Madeira. Mas o grande caso foi mesmo o golo de Costé na sequência do livre originado pela falta de Jorge Vidigal (e que viria a custar-lhe o segundo amarelo). O capitão centra com conta e peso para a grande área e a bola sobra para o avançado francês que, num mergulho à peixe EM POSIÇÃO LEGAL encosta para o fundo das redes. O guardião algarvio chega ainda a ter a bola na mão, mas deixa-a escapar-se para o fundo das malhas... talvez por estar escorregadia.

Estádio a aplaudir de pé, mas bandeira do auxiliar no ar. UM ROUBO!!!

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Costé perdeu oportunidade soberana para resolver

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'Nunca mais o Varzim ganha isto' diziam os adeptos mesmo ali ao nosso lado, mas era preciso acreditar... jogar de modo a não deixar fugir os três pontos, jogar de modo a não dar ao fiscal de linha hipótese de invalidar os lances.

Minutos depois do golo anulado (já estávamos nos últimos 20 minutos de jogo), eis que surge essa oportunidade: massacre junto à área do Olhanense, a bola passa à frente dos centrais e sobra para Mendonça ao segundo poste... sempre perseguido por Veríssimo... o angolano vai à linha de fundo coberto pelo guarda-redes, encontra uma aberta para Costé e endossa-lhe o esférico... precipitado, o avançado francês dispara ao lado. DESESPERO!!!

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Horácio reagiu tarde e mal... mas ganhou a aposta em Ricardo

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E o tempo a passar... e o Varzim a dar uma lição de bola aos terceiros classificados que, definitivamente, não vieram à Póvoa mostrar que o são: ataques do Olhanense só a espaços... mesmo muito espaçados... e Ricardo, hoje chamado à titularidade foi espectador durante a maior parte do tempo, mas diga-se em abono da verdade que quando foi preciso meter as mãos à bola, o jovem guardião foi seguríssimo, fazendo esquecer exibições menos conseguidas de Saric ou Rui Barbosa. Nota máxima para este miúdo lançado pela primeira pela primeira vez às feras... e logo frente ao terceiro classificado. Ricardo mostrou ser merecedor desta e de outras oportunidades. Temos guarda-redes!

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---Ricardo... o melhor em campo (foto in site do Varzim da autoria de Rui Carvalho)

Nuno Ribeiro: futebolista discreto, homem humilde, exemplo de vida para a juventude poveira, foi também um dos melhores em campo (foto in site do Varzim da autoria de Rui Carvalho)

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Ainda no sector recuado, boas prestações de Nuno Ribeiro (jogador discreto, mas que hoje abriu o livro por mais que uma vez, rematando e lançando jogadas de perigo) e de Bruno Miguel, assumidamente um patrão no eixo da defesa alvi-negra.

Ao meio Emanuel foi rei e senhor. Raçudo como só ele sabe ser, o capitão foi à disputa de cada lance com muito querer. Só na frente é que faltava a força: Eliseu custou a engrenar (o terreno pesado não lhe era favorável), Mendonça não esteve mal mas podia ter sido melhor e Costé foi o mais inconformado, mas falhou na hora da verdade.

Perante as circunstâncias, parece-nos que Horácio Gonçalves não teve a leitura mais correcta... talvez se tenha ficado apenas pelas boas intenções. Se a alteração de Rafael Cadorin por Cícero até se entende (e os efeitos dessa troca seriam positivamente visíveis na última meia hora de jogo), já a entrada do extremo Anderson para render Costé (apesar de perdulário) é que não nos parece que tenha grande cabimento.

Se era golos que queríamos marcar, porque é que se foi retirar o homem que jogava lado a lado com Rui Miguel (o ponta de lança que entrou para o lugar de Telmo)?

Bem, por todas estas razões se justifica o empate a zero... um resultado que mantém o Varzim na 11.ª posição, agora com 16 pontos... a uma semana do embate com o líder Beira Mar, em Aveiro.

Será que vem por aí mais um empatezito? Para a semana até dava um certo jeito... porque ganhar... hummm... sem querer ser ave de mau agoiro... mas para ganhar ao Beira Mar é preciso a nossa equipa pôr os seus jogadores a render... VERDADEIRAMENTE!

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Jogo no Estádio do Varzim SC, na Póvoa de Varzim

Árbitro: Elmano Santos (Funchal)

Espectadores: 1000

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Intervalo: 0-0

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VARZIM: Ricardo; Nuno Ribeiro, Bruno Miguel, Nuno Gomes, Telmo (Rui Miguel, 71'); Tito, Emanuel, Cícero (Rafael Cadorin, 62'); Mendonça, Eliseu, Costé (Anderson, 80')
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CARTÕES: Tito (11'), Eliseu (34')

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MELHOR EM CAMPO: Ricardo - É o terceiro guarda-redes na baliza alvi-negra, ainda mal saímos do primeiro terço de campeonato. Na estreia a titular, o guardião (que é a terceira escolha) recebe o merecido prémio pelo trabalho que tem desenvolvido. Foi uma aposta ganha de Horácio Gonçalves e, quanto a nós, merece continuar à baliza. Sem desprimor por qualquer um dos outros, mas uma coisa ninguém pode negar: o miúdo fez esquecer as tardes menos felizes de Saric e Rui Barbosa. E depois, sempre é cá da terra!