Liga de Honra - 19.ª jornada
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----- Covilhã ----- 1
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----- VARZIM ----- 1
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Qual equipa limitada... qual carapuça?
Quem viu o Varzim a jogar frente ao Covilhã ficou com a nítida sensação que os ausentes fizeram falta... mas menos do que seria de esperar.
Pelo menos, os que lá estiveram fizeram o melhor que puderam e conquistaram um empate em circunstâncias complicadas... mas também é verdade que se tivesse havido mais garra e determinação na segunda parte, a vitória podia ter sorrido ao Varzim.
Em todo o caso, é claro que as ausências dos impedidos foram notadas... mas quando se pensava que a exibição alvi-negra seria um descalabro... enfim... o que fica deste jogo é a agradável sensação de que a equipa tem alternativas... mas que precisam de mais minutos em campo... para que não andemos com o coração nas mãos sempre que nos faltar algum titular ou titulares.
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Mas vamos por partes
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Na defesa, praticamente nenhuma mexida: à direita, Nuno Ribeiro rubricou uma exibição à imagem daquilo que nos habituou... batalhou e subiu várias vezes pelo seu flanco, jogou e fez jogar... mas não é perdoável o erro que permitiu o golo dos da casa: na sequência de um pontapé de canto que resultou da única incursão dos serranos no primeiro tempo, o lateral direito varzinista deixou Pimenta sozinho bem no centro da área. Bastou-lhe dizer que 'sim' ao cruzamento perfeito vindo da direita.
Íamos com 28 minutos de jogo e a lógica estava toda invertida: o Varzim massacrava e o Covilhã só em contra-ataque conseguia chegar junto às redes de Ricardo... a mais das vezes sem perigo.
Continuando: ainda à defesa, Alexandre regressou à titularidade... e em má hora, diga-se.
O capitão fez os habituais exercícios de aquecimento, mas desde logo foi fácil entender que este não seria um jogo fácil para o nosso #3. Campinho foi o 12.º homem em aquecimento... para qualquer eventualidade.
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Horácio tardou em tirar Alexandre
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Alexandre coxeou várias vezes, teve inclusivé de parar o seu aquecimento e no jogo jogado transpareceu a sua limitação... pediu inclusivé para ser substituído... mas Horácio não atendeu (porquê?). Até que num lance mais viril, o homem estourou de vez... e aí (e só aí) tomou-se uma atitude.
Entrou Campinho para o lugar do capitão e ocupou-se do meio campo defensivo. O rapaz esteve cinco estrelas... merece vir mais vezes aos seniores.
De resto Bruno Miguel e Telmo rubricaram duas excelentes exibições... com destaque para a do lateral brasileiro: não deixou passar quase nada por ele e jogou boa parte da segunda metade do jogo condicionado por um amarelo... não sendo por isso de estranhar que os leões da Serra tenham optado por conduzir as incursões laterais pelo lado esquerdo da nossa defesa. Mas de cabeça fria, Telmo evitou a segunda penalização com o amarelo e manteve-se em campo para rubricar, em nossa opinião, a melhor exibição de todo o colectivo alvi-negro.
No meio campo, revolução total e inevitável... foi o sector que mais sangria sofreu depois do confronto com o Maia: sem Tito nem Emanuel, Horácio colocou Nuno Gomes (para o lugar de Tito), Joca (que fez de Emanuel) e Cícero (que já fez esta posição mais vezes, no lugar de Figueiredo).
Dos pés do brasileiro sairia o golo do empate (minuto 33): depois de uma nítida falta sobre Pedrinho dentro da área de rigor, Cícero foi chamado a converter e não perdoou.
Foi aquilo que fez de melhor... porque, de resto, foi lento... por vezes atabalhoado e teve sempre muitas reservas a meter o pé.
Voltando atrás, Joca mostrou falta de ritmo e entrou muito mal, com uma entrada duríssima logo ao primeiro minuto... e que só lhe valeu um amarelo porque o árbitro Jorge Sousa foi amigo. Em termos de produção, o #28 foi praticamente nulo... saiu para entrar Tiago Lopes, que passou discretamente pela Covilhã, mas podia bem ter sido o heroi dos poveiros. A queimar o último minuto de jogo (depois de uma segunda parte em que o Varzim se deixou encostar completamente às cordas), o lateral direito podia ter corrido com espaço para a baliza do Covilhã, mas mostrou-se tão nervoso e tão lento que transformou um lance de golo quase certo num desarme facílimo para o defesa serrano.
Quanto a Nuno Gomes, notou-se que não jogou nas suas sete quintas, mas o ritmo competitivo permitiu-lhe rubricar uma exibição aceitável.
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Saudades de Eliseu
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Finalmente, o sector adiantado jogou com Anderson pela direita, Pedrinho pela esquerda e Costé ao centro... e a conclusão a que se chega é esta: Anderson deixou boas indicações, mas está sem ritmo (cedeu o lugar a Rui Miguel), Pedrinho fez uso da sua velocidade, mas nem sempre teve a calma suficiente para fazer com que os passes chegassem ao objectivo final.
A exibição do #18 não foi má mas ficam saudades de Eliseu... porque da maneira que o Covilhã defendia do seu lado direito, aquilo com o miúdo do Belenenses era uma razia (quais ultrapassagens a 180 em auto-estrada...)... mas para jogar é com o que temos e não vale a pena lamentações.
Finalmente Costé, jogou desapoiado. Lutou mas teve poucas vezes a bola no pé... e numa dessas ocasiões (na primeira parte ainda antes do golo do Covilhã) podia ter alvejado a baliza serrana com mais acerto... saiu-lhe um tiraço de fora da grande área que não tinha necessidade de ter ido com a asa tão levantada.
Ou seja: o Varzim massacrou na primeira parte e sofreu o golo contra a corrente por causa de um erro defensivo... viria a empatar cinco minutos depois e na última dezena de minutos do primeiro tempo manteve a toada dominante.
Mas transfigurou-se na segunda parte: entregou o jogo aos da casa, perdeu acutilância e chegou a ver-se à rasca para manter a divisão pontual. Mas se tivessem corrido como no primeiro tempo, o Covilhã teria cedido.
Porque na verdade a equipa do Covilhã provou que não é melhor que a do Varzim... agora, eles jogaram bem... porque qualquer equipa joga bem quando do outro lado estão 11 rapazes com capacidade para fazer muito melhor (é certo) mas... ou com preguiça, ou com pouca vontade de jogar, ou acomodados ao pontinho (albergando-se na desculpa esfarrapada de que a equipa estava muito limitada... e 'mais vale um pássaro na mão do que dois a voar') simplesmente não fazem mais.
Mas se o Varzim tivesse arriscado, seguramente tinha trazido os três pontos para a Póvoa.
E que tristes ficámos nós, ao ver que quando soou o apito final do árbitro, Horácio e os jogadores festejaram efusivamente este empate. Isso é inaceitável. Não pode ser assim... é preciso muita mais ambição.
Assim, antes da recepção ao Marco, ganha-se mais um ponto e ascende-se ao oitavo lugar agora com 25 pontos... a quatro da zona de descida.
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Um Jorge Sousa transfirgurado
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Desta vez não assassinou a verdade desportiva como o fez aqui na Póvoa há cerca de um mês com o Vizela.
Cometeu os seus erros... e teve um logo no primeiro minuto, ao não expulsar Joca depois daquela entrada 'arranca pinheiros'.
De resto, fez bem o seu trabalho, não interferiu no resultado final... e até o lance que poderia ser o caso do jogo foi decidido com extrema correcção. Por mais que o treinador do Covilhã não quisesse ver o que saltou aos olhos de todos, Pedrinho foi mesmo derrubado dentro da grande área.
Penalty nítido... não há dúvidas.
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Jogo no Complexo Desportivo da Covilhã, na Covilhã
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Árbitro: Jorge Sousa (Porto)
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Espectadores: 600
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VARZIM: Ricardo; Nuno Ribeiro, Alexandre (Campinho, 72'), Bruno Miguel, Telmo; Nuno Gomes, Joca (Tiago Lopes, 65'), Cícero; Anderson (Rui Miguel, 57'), Pedrinho, Costé
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INTERVALO: 1-1
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GOLO: Cícero (33' g.p.)
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MELHOR EM CAMPO: Telmo – Jogou os últimos 30 minutos de jogo sob a pressão do cartão amarelo que lhe foi exibido (por ter ajeitado uma bola com o braço)... numa fase de claro ascendente do Covilhã. Os pupilos de João Salcedas perceberam isso e canalizaram quase todas as incursões de ataque pelo lado de Telmo. Mas o lateral esquerdo esteve em grande: de cabeça fria, cortou sempre limpinho e evitou o segundo amarelo e consequente expulsão.
9 comentários:
vamos esperar que tenha sido um ponto ganho...
do pouco que ainda deu para ver, tenho boa impressão do Anderson...Bom sinal a boa estreia do Campinho e pena a questão do Alexandre, não valeria a pena apostar no Neto? Ou então colocar logo o Campinho, afinal esteve bem...
Quanto ao lamentar os que estiveram ausentes...ja não vale a pena. Para a semana é na máxima força...e para ganhar!
Como goleador da equipa sinto que precisávamos ter ido para a Covilhã 3 dias antes, para nos adaptarmos à altitude.
Profissionais têm de ser tratados com profissionalismo.
Eu como ñ vi o jogo gostava de perceber 1 coisa. Como é k akilo k vocês disseram pode ser tão diferente dakilo k os 2 jornais keu li, "O Jogo" e "Record". É k pelo k vocês dizem o penalti a favor do Varzim é indiscutivel, segundo os 2 jornais ñ há qualquer duvida k ñ é penalti. Vocês dizem k foi 1 boa arbitragem e eles dizem k o Covilhã foi claramente prejudicado, falando de 1 penalti por mão do Telmo e vocês ñ falam de nada disso. Além deles dizerem k o empate foi 1 injustiça para o Covilhã e vocês dizerem k o empate foi 1 resultado justo e o Varzim até podia ter ganho.
Pelos comentários parece k ñ viram o mesmo jogo...
Da próxima vez vou marcar 3 golos.
Telmo
Caro Xicopovoa, vimos exactamente o mesmo jogo, só que tem que atender a um factor: normalmente, os cronistas dos jornais nacionais em localidades como a Covilhã, Olhão, Portimão, Açores ou Madeira (ou seja as mais reconditas) são habitantes locais, a mais das vezes até sócios do clube da terra, pelo que o seu comentário é sempre tendencioso.
O nosso também é mas, ponto 1: somos assumidamente adeptos... mas ponto 2: nunca deixamos de ver a verdade.
Caramba: o penalty sobre o Pedrinho é notório... não viu quem não quis; que o Covilhã dominou na segunda parte é notório... mas não menos notório do que uma evidência que saltou também aos olhos de todos: houvesse mais ambição da parte dos nossos na segunda parte... e o resultado teria sido outro... não tenha dúvida. Sabe porquê? Porque se o Varzim tivesse jogado 90 minutos como jogou os primeiros 45, o massacre sobre o Covilhã tinha sido constante... e porque 'água em pedra dura tanto bate até que fura', o Varzim tinha mesmo marcado o golo ou golos suficientes para chegar aos 3 pontos. Mesmo com a equipa com menos 6 pedras fundamentais.
Isto dizemos nós... que vimos o jogo... outros terão visto a mesma coisa mas têm opinião oposta.
Verdade? Razões do coração? Para nós VERDADE... tão cristalina quanto isto: o VARZIM só não ganhou porque não quis, porque se acomodou ao pontinho...
Um abraço
É preciso adequar o plantel do Varzim aos objectivos traçados.
Hoje em dia já se sabe, ao contrário do início da época, que o Varzim não tem aspirações a subir de divisão.
A conclusão é retirada do facto de não haver reforços de Inverno, nem o VSC ter dinheiro para os adquirir.
Posto isto, natural é a conclusão de que 1 ponto na Covilhã é um bom resultado, quanto mais não seja em comparação com o resultado da 1ª volta, o 1-2.
Gostaria que colocassem este comentário como "aditamento".
Obrigado amigos.
No jogo da Covilhã, foi colocado de novo à evidência, que o Horácio é um treinador com ambições limitadas para o nosso Varzim. Tem um discurso do pontinho e mais grave ainda, faz com que a equipa tenha postura pouca ambiciosa.
Varzim limitado, mas serranos também.
Na 1ª parte, Varzim demonstra que dentro das limitações dos dois conjuntos, é superior ao Covilhã.
Na 2ª parte, permite o "massacre" (aí sim "massacre"), da equipa serrana.
Das duas uma, ou a equipa recuou porque o treinador mandou, ou então o treinador não tem "pulso" na equipa, e esta remeteu-se à defensiva inconcientemente e não houve liderança no banco para mandar subir a equipa.
É evidente que pelo que se passou no terminos do encontro, com o Horácio a gesticular para o arbitro, pedindo insistentemente o final do jogo, e depois do apito final a festejar como se de uma vitória se tratasse frente a um grande.
O Sr. Horácio anda a expor o nosso Varzim ao ridículo. Só quem não viu aquela primeira parte, é que pode se deixar enganar pelo treinador do Varzim, ao dizer "ganhámos um ponto, frente a uma boa equipa...". Por favor Sr. Horácio não queira fazer de nós estúpidos.
O Varzim tem jogadores para funcionar muito melhor como equipa, do que aquilo que tem feito.
19 jogos, 5 vitórias. Umas vezes são os arbitros, outras a relva, às vezes a culpa é dos postes e da barra, outras ainda é alguma comunicação social, o mau tempo também é desculpa, agora foram as limitações da equipa.Para o Sr. Horácio vai assumir algumas, só peço algumas responsabilidades?
Quanto à comunicação social, e àquilo que escreveu sobre o jogo, MENTINDO, não é nada que me espante. Isto porquê, porque nós na Póvoa também temos os correspondentes "cá da terra", que fazem "fretes" como estes praticados pelos da Covilhã. Basta ler o Record e o JOgo.
Abraço para todos
Domingo bamos azuztar cuontas, amigos.
Abelino Ferrenho Torres
Domingo bamos azustar cuontas atrazadas, amigos.
Abelino Ferrenho Torres
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