segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Maré alta... em tons de Varzim

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Liga de Honra - 22.ª jornada
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----- VARZIM ----- 2
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----- Leixões ----- 1
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Não há duas sem três: depois do Marco e do Estoril, foi o Leixões a cair aos pés de um Varzim que repetiu a atitude demonstrada, nomeadamente no jogo com o Estoril.
Deu gosto ver um Varzim mandão a encostar o Leixões (a melhor defesa da Liga de Honra) aos últimos metros do seu reduto desde os primeiros minutos da partida. Mais gosto deu, porque é famosa a rivalidade entre ambos os clubes... de gente emotiva do mar... que vive todos os embates intensamente e com um saudável bairrismo.
Do jogo, fica a imagem de um Varzim a querer controlar desde o início: ainda antes da dezena de minutos, Costé abriu as hostilidades e mostrou aos pupilos de Rogério Gonçalves (um homem bem conhecido cá pela Póvoa) que os poveiros não estavam para cócegas.
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Figueiredo abriu o activo
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Com um Varzim a todo o gás, e com o mesmo Costé ao comando das manobras ofensivas, o golo não tardou em aparecer: aos 15 minutos, o avançado francês ganhou um livre perigoso à entrada da área leixonense. Figueiredo bateu ao bom estilo 'vai já daqui' e Baptista viu-a morrer lá dentro.
A reacção matosinhense foi visível, mas esbarrou na boa organização defensiva do Varzim que, não contando com o central Bruno Miguel (suspenso por causa do quinto amarelo), viu o capitão Alexandre regressar à titularidade... naquele que foi o seu milésimo jogo com a camisola do Varzim... e que lhe proporcionou uma merecida homenagem da parte da Câmara e dos adeptos que não esqueceram tudo aquilo que o nosso #3 já deu ao Varzim... em quase 22 anos de serviço permanente ao clube.
Aproveitamos, pois, o espaço e a oportunidade para dar os parabéns a um homem e atleta que sente o Varzim como poucos e que, achamos nós, ainda tem tanto para dar ao clube.
Voltando ao jogo, o golo varzinista levou os matosinhenses a correr atrás do prejuízo e o equilíbrio passou a ser nota dominante até nas oportunidades: o jogo tornou-se mais rápido e a bola rondou ambas as balizas. Cícero enviou uma bola à trave... logo a seguir, dois dianteiros leixonenses falharam o toque final para a baliza de Ricardo.
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Varzim arruma a questão logo a abrir o segundo tempo
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Cícero... que todos se recordam, falhou o penalty que podia ter dado o empate ao Varzim em Matosinhos... redimiu-se do erro e, depois de ter mandado uma bola ao ferro (a 23.ª do Varzim este ano!!!), concretizou da melhor forma uma iniciativa de contra-ataque alvi-negra e deu consistência à atitude demonstrada pela equipa perante um Leixões que é candidato à Liga principal do futebol português.
A jogar assim, vale a pena acreditar nas palavras de Horácio Gonçalves que prometeu uma segunda volta de grande nível... à imagem daquilo que sempre disse deste Varzim, cotando-o como uma das melhores... senão a melhor equipa a jogar futebol nesta Liga de Honra.
Um pouco de exagero talvez nas palavras do mister... mas cada um sabe de si.
Certo é, e este Varzim já deu provas, que tem uma equipa de grande nível, capaz de se bater de igual para igual com qualquer adversário.
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Árbitro protagonista
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Hélio Santos viajou da Madeira até à Póvoa supostamente para fazer o trabalho isento que se exige de um árbitro de futebol. Mas aquela arbitragem... sinceramente... não merece comentários... já vimos pior aqui no nosso estádio... mas o penalty nítido sobre Rafael Cadorin (que não foi assinalado) e o lance que dá origem ao golo do Leixões (que era penalty e também não foi assinalado) é lamentável... Estavam decorridos 82 minutos e os leixonenses reduziram a desvantagem... mas não fizeram mais nada.
O Varzim venceu, chegou aos 34 pontos e subiu à quinta posição.
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Jogo no Estádio do Varzim SC, na Póvoa de Varzim
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Espectadores: 2500
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Árbitro: Hélio Santos (Madeira)
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VARZIM: Ricardo; Nuno Ribeiro, Alexandre (Pedro Santos, 76'), Nuno Gomes, Telmo; Tito (Rafael Cadorin, 53'), Emanuel, Figueiredo; Pedrinho, Cícero, Costé (Mendonça, 65')
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INTERVALO: 1-0
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GOLOS: Figueiredo (15), Cícero (54')
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CARTÕES: Alexandre (18'), Nuno Gomes (46'), Telmo (68'), Cícero (88')
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MELHOR EM CAMPO: Pedrinho – Deu velocidade ao ataque varzinista e este era um jogo para o nosso #18: um desafio de raça entre gente do mar é para homens de barba rija que não viram a cara á luta. Participou directamente no resultado ao fazer o remate do meio da rua para a defesa incompleta de Baptista que serviu Cícero para o segundo golo. Na recarga, o brasileiro só teve de empurrar para o fundo das redes.

3 comentários:

xicopovoa disse...

Só discordo do melhor em campo k na minha opinião foi o Figueiredo. Passou tudo pelos pés dele.

voz da póvoa disse...

Ando a ver se faço uma crónica séria, como as vossas, bem escrita, com os pormenores do jogo.

Mas não consigo. Que se há-de fazer?

Parabéns varzinistas!

Ricardo Campos disse...

grande tarde de futebol, grande jogo, grande ambiente e grande vitória de um grande Varzim!

Todos de parabéns!