segunda-feira, fevereiro 20, 2006

Tanta luta deu empate...

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Liga de Honra - 23.ª jornada
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----- Gondomar ----- 1
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----- VARZIM ----- 1
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O Varzim lutou, mostrou a atitude digna de quem luta por voos maiores, provou que vale mais que o sexto posto que ocupa na tabela... tinha tudo para ganhar em Gondomar e vingar os 0-3 da primeira volta... mas empatou.
É quase paradoxal... mas na análise aos 90 minutos, seria desonesto da nossa parte dizermos que o resultado é injusto e que o Varzim podia ter ganho.
Na verdade, o Gondomar que nos cilindrou na Póvoa é uma pálida imagem dessa força demonstrada (e a descida dos degraus na tabeça classificativa está aí para prová-lo), mas os homens de Nicolau Vaqueiro impuseram uma toada bastante competitiva ao jogo... logo desde os primeiros minutos.
O Gondomar consentiu uma ligeira pressão do Varzim no primeiro quarto de hora, mas sacudiu o ascendente poveiro com um golo que chegou aos 20 minutos de jogo por Fernando Aguiar. Na sequência de uma bola vinda da direita, os defensores poveiros e Ricardo falharam a intercepção do esférico e o 'Robocop' só teve de encostar o pé para a baliza deserta. Injusto (dizemos nós), mas não teve o condão de desorientar os varzinistas. A equipa partiu novamente para cima do Gondomar e a vantagem dos da casa não duraria mais de quatro minutos.
Na sequência de uma jogada pela asa esquerda do ataque do Varzim, a bola passa por Costé e Pedrinho e viaja para o coração da área onde Emanuel desferiu um remate de raiva... forte e rasteiro para o fundo das redes de Murta.
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Minuto 30: o azar de Figueiredo
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Restabelecida a igualdade, o jogo equilibrou de vez... mas com um Varzim mais batalhador. Muito por 'culpa' de Figueiredo... que é já considerado o estratega oficial da manobra alvi-negra... mas que à meia hora de jogo foi confrontado com o infortúnio: numa dividida, o centro campista alvi negro lesionou-se num lance que aparentemente não parecia ter provocado uma lesão tão grave. O certo é que a equipa médica varzinista entrou em campo e depois de observar o jogador deu-lhe ordem de saída. Horácio reformulou o funcionamento da equipa e pôs mais um homem de ataque: Rui Miguel, fez recuar Pedrinho e empurrou Costé para a esquerda do ataque. Uma mudança que podia ter dado melhores resultados e que na segunda parte criou mesmo algumas dificuldades aos alvi-negros.
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Massacre sobre o lado esquerdo
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Nicolau Vaqueiro percebeu que as alterações na turma poveira poderiam jogar a seu favor: se Costé encostado à esquerda funcionava bem ao ataque, o mesmo não se pode dizer da capacidade de recuperação do francês para a defesa... e Pedrinho, ao sair da posição em que iniciou o jogo, acusou o toque. Os gondomarenses fizeram uso da velocidade e 'cá vai disto': ataques sucessivos pela descompensada asa esquerda do Varzim que tinha em Rafael Cadorin a última oposição aos ataques adversários. E diga-se, em abono da verdade, que o lateral brasileiro cumpriu a missão: cedeu cantos atrás de cantos, fechando quase sempre as linhas de cruzamento para a área varzinista. Estávamos a meio da segunda parte e aí se notou que a insistência dos da casa podia mesmo dar em golo. Nos últimos 20 minutos, e passados alguns sustos, Horácio decidiu meter Telmo para ajudar o lado esquerdo... e o caudal ofensivo dos da casa amainou.
Mas o certo é que atacaram mais que o Varzim... mas pecaram por desacerto.
No sentido inverso, o Varzim defendia e contra-atacava. O perigo, que chegou algumas vezes à baliza de Murta, foi relativo.
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Duarte Gomes: um amigo de Gondomar?
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Uns poderão dizer que o resultado não foi mau de todo, principalmente se pensarmos que o primeiro tempo foi extremamente competitivo (com as equipas a fecharem o resultado ainda durante os primeiros 45 minutos) e que na segunda parte os gondomarenses atacaram mais do que nós, fundamentalmente pelo debilitado lado esquerdo da defesa poveira.
E importará também não esquecer que à meia hora de jogo, Figueiredo foi forçado a sair por lesão. E que, apesar de lutar incansavelmente, nem sempre o Varzim teve aquele discernimento para acabar com o Gondomar.
Uma coisa é isso... circunstâncias do jogo criadas pelo desenrolar normal dos acontecimentos. Outra completamente diferente são as anormalidades cometidas por um senhor vestido de preto, internacional, de seu nome Duarte Gomes que (e vamos objectivamente ao assunto) roubou-nos nada mais nada menos do que dois penalties... e ambos quando o jogo já estava empatado a um golo.
E perguntar-nos-ão: DOIS? Bem, no primeiro (sobre Costé) fica a ténue dúvida: o lance acontece exactamente do lado oposto em que nos encontramos... ainda assim, o derrube parece-nos evidente... mas talvez não tivesse acontecido se o francês tivesse sido mais lesto e tivesse rematado à baliza.
Agora o outro penalty... pelo amor de Deus... estamos nos últimos minutos da segunda parte e Rui Miguel domina uma bola de peito no coração da grande área e desfere um petardo a todo o gás... foi ver um central gondomarense defendê-la a mãos ambas... nos olhos do árbitro. Duarte Gomes mandou seguir. Será pelo jogo ter sido em Gondomar? Será que alguma coisa pairou sobre aquele estádio? Porquê que certas equipas não são penalizadas pelas suas infracções por mais descaradas e escabrosas que elas sejam?
Sem mais comentários. Resta dizer que, apesar do roubo (que poderia desmotivar os nossos jogadores), o Varzim partiu com ganas para cima do Gondomar e acabou o jogo a encostar os da casa aos últimos 15 metros do terreno.
Com este empate, o Varzim fica com 35 pontos e mantém-se no sexto lugar... agora à espera do lanterna vermelha... o Barreirense... com quem empatámos na primeira volta (1-1).
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TODOS AO ESTÁDIO APOIAR A EQUIPA. NÓS VAMOS!! E TU VAIS?
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Jogo no Estádio São Miguel, em Gondomar
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Árbitro: Duarte Gomes (Lisboa)
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VARZIM: Ricardo; Nuno Ribeiro, Alexandre, Bruno Miguel, Rafael Cadorin; Tito, Emanuel, Figueiredo (Rui Miguel, 28'); Mendonça, Pedrinho (Telmo, 70'), Costé (Anderson, 85')
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INTERVALO: 1-1
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GOLO: Emanuel (24')
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MELHOR EM CAMPO: Tito – Deu seguramente boas indicações ao emissário alemão que o observou. Fez um jogo de raça e, tal como é seu timbre, tomou a iniciativa de completar a acção do último reduto. Não se deixou intimidar pela virilidade dos adversários que o fizeram ir duas vezes ao tapete para receber assistência médica.

3 comentários:

Anónimo disse...

Oi, obrigada pela visita ao meu cantinho, não entendo nada de futebol, só sei que sou Tricolor ( Fluminense )rs...

Um super beijo diretamente do Rio de Janeiro e fica com Deus.

Anónimo disse...

Oi , Claro que sei que tem muitos de vcs por aqui, meus pais e meu irmão são portugueses e meus primos moram aí em Póvoa de Varzim. Meu tio mora em Custóias ( Acho que é assim que se escreve, rs... )

Portanto toda a minha família é portuguesa, só eu nasci aqui, na cidade maravilhosa.

Um super beijo e fica com Deus.

Pacheco Ferreira disse...

São importantes os vossos comentários no Ala Arriba.

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