Auri negros foram demais para este Varzim

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Liga de Honra - 31.ª jornada

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----- VARZIM ----- 0

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----- Beira Mar ----- 2

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À busca da vitória que o pusesse mais perto da promoção à Liga maior do futebol português, o Beira Mar entrou na Póvoa decidido a fazer estragos.

Fosse de que maneira fosse... infelizmente valeu tudo para que os aveirenses levassem os três pontos da Póvoa... até jogar com as mãos.

É a polivalência... e têm sido tantos os casos no futebol nacional, que qualquer dia mudam mesmo as regras e passa a ser permitido jogar com as mãos.

Isto para dizer que à mão se escreveu a história do primeiro golo do Beira Mar: aos 19 minutos, na sequência de um pontapé de canto marcado da direita, Diakite aparece ao segundo poste, tenta dar-lhe de cabeça mas como viu que não chegava lá, toca de meter a manápula ao esférico... e plim plim plim... morreu lá dentro.

Atenção: podíamos estar para aqui armados em facciosos, mas de todas as impressões que ouvi após o jogo (das mais aficcionadas às mais independentes) as dúvidas que restam são... nenhumas: o primeiro golo dos aveirenses foi apontado com a mão.

Além disso, o lance aconteceu mesmo à minha frente... eu estava na bancada que está nas costas da baliza sul e dá perfeitamente para ver. Os aveirenses têm, por isso, muito a agradecer ao Sr. Olegário Benquerença, um árbitro internacional... mais um a dar provas do pior que um senhor do apito (motivado sabe-se lá por quem...) pode fazer. Depois admirem-se que não há árbitros portugueses no Mundial deste ano.

Ainda quanto ao primeiro golo, não estaríamos totalmente conversados se não referissemos o erro de Ricardo: o nosso guarda-redes não está isento de culpas... podia ter feito melhor... e nem sequer saiu ao lance.

Mas chorar sobre o leite derramado para quê? Com 19 minutos de jogo faltavam os restantes até aos 90 para dar a volta ao jogo.

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Só Figueiredo assustou os forasteiros

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Mas o Varzim foi também uma equipa sem ideias, que não soube fazer frente ao mau estado do terreno (por causa da chuva intensa que caiu na sexta à noite), que não apresentou coerência no seu fio de jogo, que falhou em objectividade e frieza na altura de atirar a matar... e que também se pode queixar da sorte... mas uma e uma só vez: a meio da segunda parte, minutos antes do segundo golo dos forasteiros, Figueiredo aparece em posição frontal à baliza de Srnicek e 'vai já daqui' bater com estrondo na barra. Foi a única vez que o Varzim apareceu em situação iminente de golo.

Pouco... muito pouco para travar um Beira Mar poderoso na organização da equipa (mérito lhes seja dado por isso) e que, apesar dos empurrõezinhos do Sr. Olegário, provou por A + B porquê que lidera a Liga de Honra... já com um pé e meio no escalão maior (faltam só três pontos aos aveirenses para confirmarem a subida).

E foi já perto do fim que a formação de Aveiro chegou ao segundo golo... apontado por Roma.

O lance que dá origem ao tento é precedido de um ataque maciço da turma poveira junto à grande área de Srnicek, seguido de contra-ataque, pontapé de canto, desconcentração da defesa poveira e... lá aparece o pequenino #11 auri-negro de cabeça a desmanchar a esperança do Varzim (pelo menos) empatar a contenda.

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Jogo no Estádio do Varzim SC, na Póvoa de Varzim

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Árbitro: Olegário Benquerença (Leiria)

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VARZIM: Ricardo; Nuno Ribeiro (Anderson, 75'), Bruno Miguel, Nuno Gomes, Rafael Cadorin (Rui Miguel, 63'); Tito, Emanuel, Figueiredo; Mendonça, Cícero, Pedrinho

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INTERVALO: 0-1

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CARTÕES: Rafael Cadorin (45'), Bruno Miguel (53'), Cícero (90')

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MELHOR EM CAMPO: Figueiredo – No marasmo de ideias que foi a equipa do Varzim, o internacional angolano foi o que esteve menos mal. Pelos pés de Figueiredo passou a maior parte da manobra varzinista e do seu pé direito saiu a bomba que a meio da segunda parte esbarrou no ferro da baliza à guarda de Srnicek (se entrasse era um golaço daqueles...). Numa equipa que fez pouco, o #19 foi quem mais trabalhou.