segunda-feira, outubro 20, 2008

Justo mas muito sofrido

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Taça de Portugal - 3.ª eliminatória
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(Após prolongamento)
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Quando um dia mais tarde for recontada a história do jogo de ontem na Covilhã, certamente iremos lembrar uma das exibições mais abnegadas, profissionais e plenas de raça.
Foi um encontro em que o Varzim mostrou sempre ser a melhor equipa em campo.
Mesmo quando jogou em inferioridade numérica, a turma poveira deu cartas... e mais ainda nos momentos em que os Leões da Serra exerceram uma pressão mais forte.
Em suma, foi preciso lutar muito e ser-se inteligente.
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Talvez esta seja uma das mais valiosas lições retiradas da partida de Oliveira de Azeméis.
Ao contrário do que aconteceu nessa tarde malfadada, a pressão que o Varzim exerceu desde os momentos iniciais obrigou a equipa da casa a recuar. E o resultado demorou pouco mais de cinco minutos a aparecer: Nuno Gomes - que atravessa um excelente momento de forma - aproveitou um livre em posição favorável e bateu sem apelo nem agravo para o fundo da baliza de Igor.
A vantagem madrugadora foi o ponto de partida para uma tarde memorável.
O Varzim assumiu a posse da bola e o controlo das operações.
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Do lado contrário o Covilhã reagiu e esteve até bem perto de empatar a contenda à passagem da meia hora... não tivesse o remate forte e bem colocado de Basílio proporcionado uma excelente defesa a Marafona.
A bola ainda rechassou na defesa alvi-negra antes de bater no poste. Valha a verdade que, a julgar pelo decurso dos acontecimentos, este foi um lance contra a corrente.
Como contra a corrente foi também o golo do empate que acabaria por chegar a dez minutos do intervalo: Roma isola-se a grande velocidade a caminho da baliza varzinista e só foi travado em falta dentro da grande área por Ruben Fernandes.
Pedro Proença - bem, diga-se - assinalou grande penalidade e não tinha outra alternativa senão expulsar o defesa poveiro. Chamado a converter, o próprio Roma não perdoou.
A segunda parte trouxe uma quase inversão de papéis. Se na primeira parte era o Varzim a assumir as despesas, no arranque da etapa complementar foram os serranos que, aproveitando a inferioridade numérica do adversário - puseram as garras de fora.
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E foi nesta altura que melhor se pôde apreciar a inteligência, o sacrifício e a excelência dos comandados de Rui Dias.
Aliás, a dada altura - já pouco faltava para os 90 minutos - Yazalde, André André e Nuno Rocha só não evitaram o tempo extra por muito pouco.
Pelo meio, uma expulsão para o Covilhã: Djikine sai de cena e ambas as equipas passam a jogar em igualdade de circunstâncias.
Veio o prolongamento e a emoção redobrou: foram 30 minutos de pastilha debaixo da língua e de quase colapso (de alegria) quando André André - está a jogar cada vez melhor - saca um coelho da cartola... um golo disparado de pé direito a toda a força.
Indefensável! Soberbo! Bancada poveira bem composta em delírio absoluto!
Mas só tinham ainda decorrido 10 minutos de prolongamento. Faltavam 20... e o Covilhã subiu a parada.
Ainda assim seria o Varzim a ameaçar o 1-3: Yazalde bem merecia o seu golo mas o esférico embateu no poste.
Do outro lado, resposta pronta do Covilhã. Roma, o MVP dos leões, levou perigo à baliza alvi-negra mas Marafona protagonizou a segunda grande defesa da tarde.
O Varzim negava assim ao Covilhã a hipótese da eliminatória se decidir nos penaltis... o que, a acontecer, seria uma suprema injustiça.
Eliminação à vista e pode-se dizer que o Covilhã ainda acabou pior que os poveiros: Márcio deixou os da casa a jogar com nove depois de ter sido expulso por acumulação de amarelos - na sequência de uma falta sobre André André.
O jogo chegou ao fim com um saboroso triunfo para as dezenas de adeptos varzinistas que aguardam agora o sorteio da próxima eliminatória.
Depois da amanhã fica-se a saber quem nos calha em sorte... quem sabe, um grande na Póvoa?
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Fotos amigavelmente sacadas daqui
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2 comentários:

Anónimo disse...

Grande treinador.

Já percebeu que o Alexandre não pode jogar. Deixou-o no banco e não o meteu apesar da expulsão do Rubem.

Sem o Alexandre o Varzim GANHA MAIS VEZES.

Assim vai longe...

VIVA O VARZIM

Anónimo disse...

Tenho respeito pelo que o alexandre já deu ao nosso varzim mas temos que ser realistas é bem melhor para nós que ele fique no banco do que estar a jogar axo que temos miudos com grande valor e viu se na covilhã exemplo do neto que faz muito bem esse lugar e o pedro santos agora todos sabemos que ao minimo erro do rui dias ele faz lhe a folha!!! agora continuo a dizer que se o sr. rui dias não inventar temos equipa para andar em cima da classificação e para algo mais!!e já agora quero deixar uma menssagem aos adeptos do varzim que foram á covilhã como eu fui ...isto sim é ser varzinista é fantastico ver aplaudir os rapazes do principio ao fim que saudades tinha de sentir arrepios de tanto gritar pelo nosso VARZIM!!!!!!!!!