segunda-feira, setembro 21, 2009

Mendes teleguiado rebenta baliza flaviense

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Minuto 40. Livre em posição frontal à baliza sul. Mendes tira as medidas e bate uma bola colocadíssima ao ângulo esquerdo. Uma execução superior, um tiro mortal que fez levantar o estádio. Foi o primeiro golo do Varzim em casa... e a primeira vitória (claramente merecida) nesta edição da Liga Vitalis.
O jogo não foi brilhante, embora animado a espaços e com domínios repartidos: o Varzim foi dono da primeira parte e produziu várias oportunidades de golo (por Pedro Santos, Gonçalo Abreu e Neto) ao passo que o Chaves só por uma vez rematou à baliza varzinista durante o primeiro tempo. Na segunda parte, a equipa transmontana cresceu no jogo e chegou a ameaçar o golo do empate, num lance em que a bola bate caprichosamente no poste, desorientando Marafona que agarra o esférico só depois de este lhe bater nas costas.
Ainda assim, as melhores oportunidades de golo pertenceram sempre à equipa poveira, com Mendes e Gonçalo Abreu a protagonizarem três excelentes oportunidades para aumentar a margem do marcador.
Valeu o guarda-redes flaviense Rui Rego que se aplicou a fundo para evitar uma derrota ainda maior.
A história do jogo conta-se nestas curtas linhas. A vitória foi alcançada e isso é o que interessa. Mas a equipa está a braços com a indefinição quanto ao futuro. À quinta jornada, os jogadores já têm um mês de salários em atraso.
É muito preocupante porque revela que, afinal, a situação financeira do Varzim é muito mais grave do que aquilo que imaginamos. E nesse sentido, a direcção não está em condições de garantir que o que de vergonhoso aconteceu no ano passado não se torna a repetir.
Todos sabemos que o clube atravessa há vários anos uma profunda crise financeira, mas isso não pode nem deve desobrigar os seus responsáveis de cumprirem com as suas mais elementares obrigações. Quando se pergunta no jornal O Varzim se o clube tem condições para garantir que não haverá salários em atraso como no ano passado, a resposta do presidente alberga-se no modelo competitivo da Liga Vitalis, altamente desvantajoso para os clubes. E eu pergunto: e não estão todos sujeitos às mesmas condições? Mas mesmo que queiramos dar provimento ao argumentário da direcção varzinista, não duvidando da sua veracidade, convenhamos que é um fraco consolo para os jogadores que se vêem a braços com inesperadas dificuldades financeiras. Isto para já não falar da imagem do clube que fica completamente descredibilizada na praça pública. Ainda estamos mal refeitos da pouca vergonha vivida na época anterior e já há notícias que apontam para a repetição do mesmo cenário.
E a direcção... o que diz? Nada. O silêncio é regra de ouro. A contestação dos adeptos, que pedem esclarecimentos, sobe a pulso... e a dos jogadores não deverá tardar.
Lopes de Castro insiste que a sede própria para todos os esclarecimentos é a Assembleia Geral. Eu creio que o órgão oficial do clube é também um bom veículo de informação acerca da realidade e das decisões importantes a tomar.
Quando não se aproveita as oportunidades para esclarecer as coisas, numa altura em que a popularidade da direcção já conheceu melhores dias, das duas uma: ou é simplesmente uma má estratégia (levada a cabo de forma inconsciente) ou então é o reflexo do cansaço de alguém que está desejoso por abandonar funções e que, conscientemente, se deixa envolver por aquela aura do 'quanto pior pensarem de mim, melhor'.
Aliás, a resposta que o presidente dá - quando questionado sobre o seu futuro - é tabular: "Se não houver concorrente terei que pensar seriamente na continuidade".
De onde se infere que, se alguém aparecer com um projecto que dê garantias, Lopes de Castro sairá de consciência tranquila, mas sem a aprovação global de uma franja considerável de varzinistas que esperavam pela consolidação financeira do clube e, também, pelo aparecimento de obra desportiva.
Falta ainda tomar a decisão sobre uma eventual recandidatura. Mas o tempo urge: as eleições são em Janeiro e já há quem tenha mostrado disponibilidade para encabeçar um projecto.
Alexandre disse-o antes e depois de ter arrumado as chuteiras. E agora anda calado.
Estará a preparar a sua entrada em cena? A ver vamos.
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4 comentários:

Anónimo disse...

Estiveram no estadio 1146 pessoas
Esse numero esta errado das 850 ...

http://www.lpfp.pt/liga_vitalis/pages/jogo.aspx?epoca=20092010&jornada=4&jogo=5956


Abraço

Anónimo disse...

A razão pela qual o Victor Júnior não joga não tem nada a ver com salários em atraso porque o salário dele é pago pelo Marítimo, há varzinistas da treta capazes de inventar tudo para destabilizar e criar um clima de terror entre os sócios.

Anónimo disse...

so mostra entao ter mau feitio e como homem nao ter valor.

Anónimo disse...

Não se acreditem em tudo o que ouvem. O homem é grande jogador, e ainda vou ver estes que o destratam a rezar para que ele fique mais um ano...enfim