-
in O Jogo
Denilson o matador da Bahia
“Este clube tem uma dimensão enorme”
Marcou três golos que valeram nove pontos, já é líder dos marcadores e agora quer alcançar, no mínimo, 15 golos
Denilson é uma das figuras das primeiras cinco jornadas da Liga de Honra. Os golos apontados a Guimarães, Gondomar e Vizela, dois deles de penálti, valeram três vitórias tangenciais ao Varzim, guindando a equipa à liderança. Nas costas da camisola 9 está escrito ‘Deni’ e todos o tratam assim. O primeiro lugar dos poveiros não surpreende o goleador, pois "quando se trabalha forte, os frutos acabam por aparecer. O Varzim está a triunfar porque apresenta um futebol determinado e a equipa sabe o que quer”, explicou, sem fugir ao discurso instituído no clube para esta época: “O grande objectivo é a manutenção e o que vier depois será lucro”.
Nasceu em Feira de Santana, no estado da Bahia, no Brasil, e tudo começou numa escolinha de futebol da capital estadual, Salvador. Um olheiro do gigante Vasco da Gama viu-o em acção e aos 15 anos já rumava ao Rio de Janeiro. Como profissional, iniciou-se no Ribeirão Preto, mas regressou à Bahia para representar o Crapiuma.
Em 2001, um empresário trouxe-o para assinar pelo Braga. A experiência correu mal. No primeiro ano foi emprestado ao Vilaverdense, da III Divisão, e no ano seguinte fez um único jogo da então I Liga pelos bracarenses, frente ao Santa Clara, alinhando depois na extinta equipa B do Braga até final da época. Tinha, nessa altura, 21 anos. “Era um miúdo e o Braga tinha jogadores mais experientes, por isso, essa porta fechou-se”, recordou.
Rescindiu, então, contrato e andou quatro épocas pela II Divisão. Marcou 11 golos pelo Freamunde e, em 2003/04, não foi feliz ao serviço do Covilhã e Ribeira Brava, mas, nas duas épocas seguintes, a veia goleadora voltou. Marcou 13 golos no Lusitânia dos Açores e 14 no Espinho, despertando o interesse de vários emblemas nacionais. O Varzim acabou por ganhar a corrida. Nem uma proposta para jogar na Tunísia o demoveu. “O ano passado tive uma experiência de um mês na Malásia e não me adaptei”, explicou. Uma entorse no tornozelo e a inadaptação ao estilo de vida asiático foi suficiente para terminar com aventuras.
João Mário, treinador-adjunto do Varzim, foi decisivo na sua contratação. “Trabalhei com ele no Freamunde, por isso conhece o meu potencial. Se soubesse que era assim, já tinha vindo há muito tempo. O grupo é humilde, acolheu-me muito bem e tem uma grande força. O clube é um espectáculo e tem uma dimensão enorme. Há muitos adeptos nos jogos em casa e eles são o 12º jogador, o que nos dá mais força”, assegurou.
in O Jogo
Assistente
O "pão" que Emanuel oferece
in O Jogo
Goleador
A meta pára nos 15 golos
A concorrência para o lugar de ponta-de-lança é reduzida. O compatriota Ricardo Gomes esteve lesionado e não há mais opções no plantel. “Pode ser um problema se surgirem lesões, mas se jogássemos em 4x4x2 seria ainda mais complicado”, afirmou. Mesmo dizendo que “cada jogo tem uma história diferente", Deni espera “estar sempre no local e momento certos para fazer os golos”. Neste sentido, o ponta-de-lança pretende superar a marca alcançada no Espinho (14 tentos), sem, contudo, pensar no título de melhor marcador. “Todo o avançado tem metas e quanto mais golos fizer, melhor para mim e para a equipa”.
in A Bola
Gomes (Varzim) é a única baixa
O central Nuno Gomes, lesionado, falha o jogo com o Portimonense. Os médios Tito e Pedro Santos estão recuperados e o guarda-redes Ricardo vai trabalhar sem limitações esta manhã.
-
Sem comentários:
Enviar um comentário