Aquecem os motores para mais uma edição da Liga Vitalis e já se ventilam aqui e ali as expectativas do que pode (ou deve) ser a carreira do Varzim.
Sem prometer a subida (que pode, no limite, ser encarada como um valor acrescentado), Lopes de Castro aponta a mira aos lugares cimeiros da tabela e, no arranque dos trabalhos com vista à próxima época, foi peremptório: é necessário que o clube se organize, seja rigoroso em toda a linha de gestão e comece a pensar a sério em trilhar o caminho rumo à montra maior do futebol nacional.
Com o projecto do novo estádio prestes a concretizar-se, torna-se esta ambição tanto mais interessante. Querer um Varzim de primeira, como Lopes de Castro apregoa agora - à semelhança do que fez no ano passado - é um desejo legítimo e um objectivo há muito esperado pelos adeptos. Mas em que condições? Há que ter um plantel suficientemente equilibrado para enfrentar os castigos e lesões que normalmente assolam uma equipa... há que elaborar um orçamento racional, sem aventuras que ponham em causa o futuro do clube, mas que garantam ao mesmo tempo o normal funcionamento e o cumprimento das obrigações fundamentais. E aqui, vale a pena lembrar que no ano passado, o Varzim foi diversas vezes citado pelos atrasos nos pagamentos de salários a jogadores e funcionários.
Creio que é deste rigor que Lopes de Castro fala. Será que este ano vão ser apenas palavras?...
-
-E o que dizer dos que entram e dos que saem? Claramente na minha opinião, este defeso fica marcado por duas saídas de peso: Bruno Conceição, um super guarda-redes (que terá sido, talvez, um dos melhores a passar por cá nos últimos tempos) saiu para o Paços de Ferreira... e por força das indecisões provocadas pelo processo Apito Final, ainda não sabe neste momento se vai jogar contra o Varzim (na Liga de Honra) ou se concretiza já este ano o sonho defender o emblema de um primodivisionário. A outra é a passagem de Candeias para o Trofense. O Speedy Gonzalez que chegou à Póvoa emprestado pelo FC Porto deixa saudades... e na memória dos adeptos os seus arranques verdadeiramente terroristas que deixavam os laterais adversários à nora. À parte um ou outro momento em que uma espécie de vedetismo lhe subia à cabeça (e isso era evidente num ou noutro bate boca com companheiros em pleno relvado), o jovem beirão foi uma das revelações do Varzim na época transacta, e não será exagero afirmar que, na Póvoa, Daniel Candeias terá feito uma das suas melhores épocas como jogador. Foi de resto aqui que conquistou a Liga Intercalar ao serviço dos Lobos do Mar... o seu primeiro título como sénior.
Dos que entram, destaque para dois regressos a casa: Luca regressa, vindo do Joane, e André André entra nas contas de Rui Dias depois de uma época ao serviço do FC Porto.
Há, todavia, outras caras novas: o guarda-redes Matos (ex-Ribeirão), Marco Matias (campeão de juniores emprestado pelo Sporting), Caetano (ex-Paredes), Nelsinho (ex-Gondomar), Tiago Costa e Miran (ex-Vihren da Bulgária... dois atletas que Rui Dias bem conhece). A estes, falta ainda juntar mais um jogador de características ofensivas... o negócio deverá estar fechado nos próximos dias.
Quanto ao resto da equipa, mantém no essencial a estrutura.
Fica por saber, para já, quais os atletas que Rui Dias vai descartar... algo que também deverá estar por dias.
5 comentários:
Esqueçamos a vergonha da época passada (só a vitória ao Rio Ave soube bem) e apontemos para o futuro!
Um Varzim forte para a primeira divisão! Abdico de ganhar a Taça Intercalar (conhecida como a taça de folheta...) e apostar em ficar em lugares de subida é crucial para o nosso futuro.
Viva o Varzim!
concordo com o lobo do mar..mas acho que n devia desvalorizar a vitoria na L.intercalaer
fui ver os 3 primeiros jogos da pré-época, é verdade que os resultados nao interessam, mas temos uma equipa muito fraquinha (nem por se conhecerem jogam melhor). Dominam os jogos mas nao marcam, logo é impossivel ganha-los.
Oxalá me engane mas temos equipa para lutar pelos 6 últimos lugares da tabela. Falta um verdadeiro matador (o record de golos do Miran em Portugal cifra-se em 8).
Só temos 1 extremo de raíz (marco matias) ou seja só podemos jogar em 4x4x2 losangulo; 4x5x1 ou 4x3x3, esta ultima táctica só é possivel se tivermos os avançados tds disponiveis (b. mreira, yazalde e miran, o m. matias tb pode jogar no ataque).
Espero dias melhores para o meu clube e que ganhe ao guimerdaes (ou que nao perca por muitos)
Nao concordo minimamente. Penso até que o Varzim tá mais forte do que na epoca passada.
Na Honra para subir é preciso nao sofrer golos e depois logo se vê,.
Força Varzim
Para mim não são os 3 primeiros jogos que definem a qualidade de uma equipa. Em termos de plantel, não me parece inferior ao do ano passado, restando apenas ver se temos realmente substituto à altura para o Conceição. Obviamente que o Candeias faz falta, mas por outro lado temos um Yazalde mais maduro que pode ser para os defesas adversários, no contra-ataque e não só, o quebra-cabeças que na época passada foi algo subaproveitado no início do campeonato. E parece-me também que temos avançados mais versáteis (de resto, o Chico e o Roberto começaram bem mas também não eram nada do outro mundo).
O que me desgosta é que, na apresentação aos sócios, o Varzim não jogue com o seu equipamento de sempre. Quando se fala de Varzim fala-se de orgulho na IDENTIDADE. Os próprios dirigentes e treinador falam na necessidade de ir recuperar a raça poveira e tudo o mais. Por isso, não compreendo a ideia de, num jogo emblemático, nos mudarem as cores. Espero que não se repita aquele triste espectáculo de num jogo destes vermos o nosso clube alvi-negro transformado em cor de burro quando foge (o equipamento até é bonito, mas como alternativo e, sobretudo, não é para uma apresentação aos sócios). Podem dizer que sou saudosista e tradicionalista. Sou-o de facto, e qual é o problema? A identidade de um clube passa pelas cores com que joga em campo. E a identidade não se negoceia, sob risco de se perder a mística, que é a força que tudo pode recuperar quando tudo o resto (nomedamente o dinheiro) falha. Também não me honra nada estarmos a investir numa marca portuguesa e de repente tornarmo-nos "pioneiros" de uma marca brasileira. Apoio o produto nacional, como forma de garante de trabalho para os portugueses e de mais riqueza para o país. A menos que a troca de marca implique claríssimas vantagens para o clube, o que, seja como for, jamais poderia ter levado a que não jogássemos de branco e negro no jogo de apresentação. A Identidade não se discute e não se negoceia.
Enviar um comentário