- 17.ª jornada - Domingo, 8 Janeiro, 2009
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Longas horas passaram sobre a derrota no Bessa e não consigo parar de pensar que perdemos contra uma das equipas que menos qualidade ostenta nesta edição da Liga Vitalis. Já nem sequer aludo ao facto de continuarmos sem sentir o sabor de um triunfo fora da nossa casa.
Infelizmente creio que isso se tornou um hábito que corre o sério risco de se tornar sina.
Mas o que verdadeiramente me preocupa é o facto do Varzim não conseguir superar o sofrível nível futebolístico de um depauperado Boavista, é o facto do Varzim ser pouco agressivo na primeira parte e inexistente na segunda, é o facto da equipa revelar uma alarmante ineficácia defensiva (dois golos, duas auto-estradas para a baliza de Marafona), é o facto de assistir - a partir do topo da bancada norte do Bessa - a uma passividade atroz do corpo técnico liderado por Rui Dias, é o facto de perceber que há uma gritante e costumeira falta de atitude dos jogadores fora de casa... um dado ainda mais incompreensível nesta que foi a semana que sucedeu um feliz mas meritório triunfo sobre o Portimonense, nesta que foi a semana em que a direcção depositou uma das tranches salariais em atraso na conta bancária dos jogadores e nesta semana em que nem sequer houve Liga Intercalar... logo menos desgaste nas pernas.
Se ontem ganhássemos, relançávamos o sonho de lutar para subir... ao invés, descemos dois degraus e quedamo-nos, por ora, do meio para o fim da tabela.
Se olharmos para cima, a escalada até aos lugares de subida é extremamente complicada (para já não dizer impossível).
De regresso a casa, ouvia numa rádio local da Póvoa o comentário de alguém cuja atitude diz ser frontal e sem papas na língua, mas que revela por vezes alguns tiques de moralismo com qualquer coisa de treinador de bancada à mistura.
Mas não pude deixar de registar a sua lúcida reflexão: se o Varzim quiser lutar pela manutenção neste campeonato que só dá prejuízos, então tem o treinador certo à frente da equipa.
Mas se é para subir... meus amigos, Rui Dias pode ter todos os atributos profissionais e humanos - que não duvido que os tenha - mas não é o homem indicado para cumprir a missão com o sucesso desejado.
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