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Foi pela rádio que segui o jogo deste fim de semana e fiquei com a nítida sensação de que o resultado final do embate entre Santa Clara e Varzim nos brindou com um fenómeno muito frequente no futebol: há uma equipa que joga melhor, que domina, que remata e há outra que com uma sorte dos diabos marca cedo e a muito custo consegue manter a vantagem mínima até ao fim.
Os remates perigosos de Nelsinho, Marco Cláudio, Malafaia ou André André (este com uma bola enviada ao poste) não chegaram nem para bater um feliz e inspirado Alemão nem para anular o golo que Nuno Santos (ex-Varzim) marcou à passagem do segundo minuto de jogo.
Ao que parece, a turma poveira foi digna porque não baixou os braços. Jogou bem... bem melhor que os insulares, mostrou que os índices físicos estão a melhorar e voltou a mostrar ânimo em campo, ao cabo de uma semana em que, ao que tudo indica, a direcção pagou um dos quatro meses de salários em atraso. Mas nada disso foi suficiente para evitar a derrota que ditou a nossa queda para a nona posição e a ascensão dos açoreanos à liderança do campeonato, a cinco jornadas do fim.
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