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segunda-feira, março 08, 2010

E o Óscar vai para...

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... Gonçalo Abreu! Foi ele o melhor actor num filme nem sempre cativante e que até podia ter acabado pior.
O madeirense - que tanta falta fez nos Açores por força do castigo imposto pelo quinto amarelo - voltou a ser o elemento decisivo, ao aproveitar um lance de génio iniciado a meio campo por Nelsinho. Um passe a rasgar toda a defesa gilista colocou Abreu na área, em posição de fuzilamento. Cara a cara com o ex-varzinista Márcio Ramos, o #23 não desperdiçou.
Estabelecendo a analogia com a longa madrugada dos Óscares de Hollywood que se avizinhava, o Varzim x Gil Vicente teve um final 'à Hitchcock' com suspense até ao último segundo. Contava-se o quinto dos cinco minutos de descontos e já todos estávamos a ver um filme repetido: controlo da partida que conduz à vantagem no marcador, seguida de um empate consentido num lance infeliz... e o desfecho, em tantas situações, acabou mesmo por ser uma igualdade desoladora. Igual à que tivemos de engolir há 15 dias com o Freamunde.
Pois bem, a sorte inverteu-se: em vez de sofrermos no final, marcámos e demos a volta ao texto quando já não havia tempo para mais.
Muitos varzinistas que se sentaram ao meu lado no topo sul vociferaram contra a qualidade da exibição. Diziam que tivemos uma sorte monumental. E é verdade que não houve brilhantismo na nossa prestação. Mas eu diria que fomos, finalmente, bafejados pela sorte que há tanto tempo teimava em fugir.
Por outro lado, ganhámos com sorte. É evidente que eu preferia uma vitória com uma joga de encher o olho. Ao invés, foram os deuses do futebol que tiveram de dar um empurrãozinho. So what? Numa altura em que os pontos são cada vez mais necessários, não me interessa que a equipa jogue mal (ou menos bem) desde que a vitória sorria. É uma espécie de lei da sobrevivência... não interessa quais os métodos da caça, o que importa é ter o que comer à mesa.
E, a cada três pontos, é mais um passo rumo à manutenção. Que é o mínimo... e o máximo... que se pode exigir num ano tão conturbado para o Varzim.
E embora, o sucesso desta semana não tenha sido suficiente para dar um grande salto na tabela, salva-se ao menos o resultado positivo que será, com certeza, um factor motivacional para a difícil deslocação ao recinto do Beira Mar, que nas últimas semanas tem vindo a perder o fulgor dos tempos em que liderava esta edição da Liga Vitalis.
Tal como nós, mas por razões distintas, eles precisam dos três pontos. E tal como nós, eles estão sob pressão. As posições começam a definir-se. A única equipa que parece ter destino traçado é o humilde Carregado que não deverá escapar à descida.
Quanto aos outros, a incógnita persiste. O campeonato começa a ganhar interesse.
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domingo, outubro 25, 2009

Triunfo capital

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A vitória conquistada em Barcelos foi tudo aquilo que o Varzim estava a precisar. Foi conseguida sob a pressão de ter que ganhar para não somar a quarta derrota seguida (terceira no campeonato), foi conseguida com 10 jogadores em campo (Sérgio Caetano foi expulso aos 34 minutos) e foi conseguida depois de, tendo nós estado em vantagem no marcador - com um golo cheio de classe de Ruben Saldanha - o Gil ter empatado aos 71 minutos, por Cesinha.
Podia ter sido marcante pela negativa para o ânimo varzinista. Sinceramente, admito que pensei que o pior iria acontecer. Mas para aquilo que o Gil estava a jogar era profundamente injusto. Custa mesmo a crer que uma equipa que jogue assim tão pouco esteja tão lá para cima. Mas custa-me ainda mais ver um Varzim que, sobretudo nas últimas semanas, tem jogado tão bem (à excepção do jogo com o Santa Clara) e tem ficado sempre para trás.
Seja como for, o empate não foi um problema.
Acabou mesmo por ser o ponto de viragem a nosso favor.
O Varzim foi uma equipa cada vez mais unida e coesa, encheu-se de ganas e, a 10 minutos do fim, Bruno Moreira (começou no banco e substituiu o inoperante Lelo) respondeu de cabeça a um soberbo cruzamento de João 'Supersónico' Mendes.
Hoje já tive oportunidade de ler em certa imprensa da especialidade que o Gil foi surpreendentemente derrotado pelo penúltimo classificado.
Surpreendentemente???? Essa gente não deve ter ido ao estádio!
Agora é olhar em frente para começar a galgar terreno na classificação. Venha de lá esse Beira Mar. Desde ontem estamos mais fortes e mais motivados graças a um colectivo de jogadores que, mesmo desfalcado... e mesmo a viver profundas dificuldades por força da depauperada tesouraria do clube, esqueceu os problemas e foi exemplar na entrega em campo.
Honra lhes seja feita... os homens vêem-se nestas situações! Desde ontem sei que tanto eles como nós adeptos estamos mais motivados para a luta e mais conscientes de que as dificuldades vão continuar a aparecer.
Mas somos ou não somos o VARZIM? Claro que sim. TODOS SOMOS O VARZIM!!!
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quinta-feira, outubro 22, 2009

sábado, maio 02, 2009

No estádio vi um espectáculo...

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27.ª jornada
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... que a rádio contou com emoção!

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PÉROLA NEGRA. Mais valiosa que nunca

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Não podia haver desfecho mais justo. O Varzim foi objectivamente mais equipa que este Gil Vicente às ordens de João Eusébio.

Aliás, se quiséssemos estabelecer um termo de comparação entre o Gil que se apresentou (e venceu) na Póvoa no jogo da despedida de Yazalde e a formação que ontem subiu ao relvado do Cidade de Barcelos, as semelhanças são praticamente nulas. Destaco na turma gilista as prestações de João Vilela, Ivanildo e Diego Gaúcho (este apenas pelo golo que apontou... porque fora isso...).

Do nosso lado, uma grande tarde (mais uma) de Marco Cláudio, André André, Mendonça (que marcou o golo que lhe faltava para considerá-lo, na minha opinião, o melhor em campo) e Nuno Gomes. Não apenas pelo golaço que marcou num daqueles livres de execução perfeita a que já nos habituou.

Também pela capacidade que demonstrou na coordenação da manobra ofensiva (sempre muito bem coadjuvado pelos restantes... Caetano, Pedro Santos, Telmo e pelos laboriosos Tito e Emanuel que foram levando a equipa para a frente).

Mas é verdade que, apesar da vitória poveira ter sido conquistada com todo o mérito, houve fases do jogo em que o Gil Vicente esteve por cima. Curiosamente nos arranques da primeira e segunda partes. Valeu ao Varzim a astúcia e a felicidade suficientes para marcar nos momentos chave do encontro. Exactamente a 10 minutos do intervalo e a 10 minutos do fim.

Mas terminou o jogo a sofrer desnecessariamente.

O segundo golo alvi-negro desorientou a turma gilista, fez até muitos adeptos da casa abandonar o estádio antes do final da partida. O desnorte dos da casa podia ter-se traduzido em vantagem ampliada logo a seguir ao 0-2... não tivesse Bruno Moreira hesitado e, em vez de passar a Mendonça, tivesse logo chutado à baliza.

Até que o Gil marcou e isso obrigou o Varzim a acautelar a defesa... esse sector tão sensível da turma poveira.

Mas a equipa da casa teve muito mais coração do que cabeça e não conseguiu ir além do tento de honra.

Com inteira justiça, diga-se a bem da verdade. Nem o Varzim merecia outro resultado que não o triunfo nem o Gil merecia tão pesado castigo.

Faltam três jornadas para o fim. Cumpram-se com a mesma dignidade demonstrada em Barcelos.

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segunda-feira, dezembro 22, 2008

Yazalde merecia outra despedida

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12.ª jornada - Domingo, 21 Dezembro, 2008

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Já se sabia que mais cedo ou mais tarde haveríamos de sofrer um primeiro desaire em casa.
Às vezes o que custa é ver a forma como isso acontece.
O Varzim perdeu o jogo por gritantes erros defensivos (dois golos em contra-ataque supersónico e um de canto com a defesa a ver passar navios) e devido a falhas infantis (aquela mão do Alexandre a meio campo... enfim!) e esqueceu-se que do outro lado estava um Gil Vicente bem organizado à espreita do erro do adversário.
Todavia, não atribuo a este Varzim menos vontade em vencer a partida.
Aliás foi isso que tornou este duelo de gigantes da Honra um jogo bastante interessante de seguir... electrizante a espaços. O Varzim sempre à procura de uma vantagem tranquilizadora e o Gil a procurar constantemente aproveitar as falhas defensivas do adversário... e quantas vezes esteve a equipa de Barcelos perto de marcar, não fosse Marafona aplicar-se a fundo e o sentido da marcha no marcador poderia ter sido bem diferente.
E é por isso que digo que o jogo foi equilibrado (apesar de ligeiro ascendente dos da casa), mesmo depois do primeiro golo da partida apontado de cabeça por Yazalde: a jogada começa num livre da esquerda apontado por Nuno Rocha que faz o esférico passar à frente da baliza de Marco sem emenda. Do outro lado, Alexandre capta e cruza para encontrar a cabeça do puto maravilha. Sem perdão! Era o início de uma exibição de ouro, que não seria contudo suficiente para dar aos adeptos uma boa prenda de Natal.
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Porque o Gil não baixou os braços e logo chegou à igualdade antes do intervalo.
No primeiro minuto dos descontos, João Vilela irrompe a grande velocidade pelo meio da defensiva alvi-negra e remata à passada para defesa incompleta de Marafona... Hermes surge mesmo a jeito e só tem de tocar lá para dentro.
1-1 ao intervalo e um sentimento de alguma justiça no marcador.
A segunda parte não foi diferente. Ambos os lados muito semelhantes na atitude em campo e a vantagem podia surgir para qualquer lado a qualquer momento.
E foi o Varzim que o conseguiu, novamente por Yazalde, novamente de cabeça... na sequência de um pontapé de canto, o #14 varzinista cola-se à boca da baliza e salta mais alto que os defensores gilistas. Marco nem se faz ao lance e a bola morre no fundo das redes gilistas.
Aí, o estádio veio abaixo... não apenas pela vantagem reconquistada mas principalmente porque na hora da despedida, na hora já (porque não) de uma certa saudade, Yaza merecia o aplauso e a alegria extasiada dos adeptos.
Um miúdo humilde, aplicado... que ontem cumpriu exemplarmente a sua missão... e vale a pena dizê-lo, ao longo de todos estes anos ao serviço do Varzim, esforçou-se para dignificar o clube de forma distinta e brilhante. Yaza despede-se do Varzim ostentando o título destacado de melhor marcador da turma poveira com cinco golos apontados em 12 jornadas.
Pena foi que frente ao Gil Vicente tal score não tenha sido suficiente para garantir o pleno de vitórias caseiras antes do Natal.
O Gil acabou com a festa varzinista aos 70 minutos. Uma jogada quase a papel químico da que viria a dar o primeiro golo aos visitantes. Igor Souza rasga a lateral direita e cruza a toda a extensão da grande área alvi-negra. Hugo Monteiro surge a grande velocidade ao segundo poste e na passada fuzila.
2-2 justo pela atitude dos forasteiros e pela ineficácia defensiva demonstrada pelo Varzim.
Mas o pior viria depois: Alexandre (que já tinha visto um cartão amarelo na primeira parte) corta uma bola com a mão no meio campo - num lance aparentemente pacífico. Duplo amarelo e rua... Proença não teve dúvidas e mandou o capitão para o balneário mais cedo.
Resultado: o Varzim deixou de existir e recuou, recuou, recuou até que aos 90 minutos (+ 2), num canto da direita que William aproveitou bem o espaço que lhe deram para desferir de cabeça o golo que valeu ao Varzim a primeira derrota em casa.
Um desaire que, apesar de tudo, não implicou um grande trambolhão na tabela.
O Varzim parte para as férias de Natal em quinto lugar com 17 pontos, a cinco do segundo que é o Santa Clara e a seis do líder Olhanense.
Nesta paragem para as festas da época, o balanço é francamente positivo em casa e bastante negativo fora de portas. O nosso desejo para 2009 é que haja um equilíbrio maior entre desempenhos caseiros e forasteiros.
Só assim se consegue voar mais alto... até ao topo que desejamos.
Feliz Natal para todos os varzinistas e amigos do Preto No Branco... e boas entradas!
Em 2009 cá estaremos outra vez.
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Foto: Varzim
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segunda-feira, fevereiro 04, 2008

Suf +

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Liga Vitalis - 19.ª jornada
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Mais um triunfo, o segundo, sob o consulado de Rui Dias parece dar uma maior sustentabilidade ao estado de espírito da equipa.

É um facto que a exibição não foi nada de estonteante, mas resultou bem o acerto do colectivo varzinista que, pelo menos até ao primeiro golo, se deixou dominar ligeiramente pelos visitantes.

O 1-0 apontado por Marco Cláudio (num excelente trabalho do #10 dentro da área) foi, contudo, o ponto de viragem.

A estratégia permitiu que o Varzim jogasse concentrado e atacasse pela certa, o que lhe conferiu a necessária eficácia.

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O segundo golo surge na sequência de um canto, com Bruno Moreira (exibição apagada, talvez a acusar o cansaço da utilização na Liga Intercalar) a antecipar-se no primeiro poste a Diego Gaúcho e a cabecear certeiro.

O 2-0 ao intervalo trouxe um Gil Vicente mais mandão na segunda parte e um Varzim inteligente para travar os acessos da turma de Barcelos.

Imagem fiel disso é o número quase inexistente de situações de perigo criadas pelos gilistas em situações de jogo corrido. O tento de honra acaba por surgir com um livre superiormente batido por Pedro Ribeiro, sem hipóteses para Bruno Vale.

O golo galvanizou os barcelenses que não foram mais do que pura chama. Do outro lado, o Varzim espraiou-se em venenosos contra-ataques e perdeu várias oportunidades para ampliar (tanto por Candeias como por Pedro Santos).

O resultado é justo e é um excelente ensaio para Vizela.

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Foto: A Bola

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sábado, setembro 08, 2007

TV Varzim

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Ainda que com quase uma semana de atraso, mas aqui está: recuperamos o resumo do Gil Vicente, 1 x VARZIM, 1
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Créditos: simaofcp
Powered by: www.tvtuga.com
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domingo, setembro 02, 2007

Até ao lavar dos cestos, é vindima!

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Liga Vitalis - 3.ª jornada
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Gil Vicente, 1 x Varzim, 1



A hora matinal do jogo, o calor de mais de 30 graus (factores prejudiciais para AMBAS as equipas), a complacência da arbitragem com alguns excessos de dureza por parte de jogadores do Gil Vicente e, por último, as ausências de Tito e Malafaia não explicam (embora atenuem) a fraca exibição do Varzim. Tendo em conta o jogo jogado e número de oportunidades para cada equipa, podemos mesmo afirmar que os da Póvoa do Mar mereciam ter saído de Barcelos com uma derrota. Por outro lado, o facto de o trio de arbitragem não ter assinalado uma grande penalidade a favor do Varzim por nítida mão na grande área do Gil Vicente (pouco antes do golo do empate), faz-nos pensar que a vitória esteve bem ao nosso alcance. Somadas assim ambas as perspectivas, podemos concluir que o resultado se ajusta ao que se passou em campo.

Os da casa entraram mais afoitos e procuraram desde logo controlar o jogo, optando pelo seu 4x3x3 tradicional, mas manifestando um evidente receio de algumas das peças de maior detaque do Varzim (nomeadamente Marco Cláudio, Chico e Roberto). Num campo regado antes da partida, antevia-se uma contenda renhida, musculada e com futebol directo. Não o ideal para alguns jogadores mais tecnicistas do Varzim, mas sem dúvida um tipo de jogo do qual os nossos jogadores, pelo seu carácter raçudo, não têm medo.


Aos cinco minutos, primeira oportunidade para os anfitriões, aproveitando uma falha defensiva na marcação ao segundo poste. Aos 23, nova falha de marcação e nova oportunidade desperdiçada pelos gilistas, com Hermes em destaque. Tardava o Varzim em mostrar porque liderava a prova. Apesar de um ou outro bom apontamento dos seus jogadores, os alvi-negros tinham dificuldade em trocar a bola e sobretudo em fazer a transposição defesa-ataque a uma velocidade que permitisse surpreender a defesa dos de Barcelos.

Seria necessário esperar pelo minuto 29 para ver o Varzim provocar calafrios na área adversária, com o guarda-redes Paulo Jorge a tirar o "pão da boca" a Roberto num lance bem delineado pela equipa poveira. Na resposta, Igor Sousa quase marca para os da casa, mas a espectacular intervenção de Bruno Conceição mantém a baliza forasteira inviolável. Acreditaram então os gilistas, mas não lograriam alcançar o golo antes do intervalo. Da parte do Varzim, embora a equipa desse indícios de querer soltar-se, também pouco mais se viu nos primeiros 45 minutos.

Recomeçou o jogo e os da casa entraram de rompante. Na sequência de um livre, boa defesa de Bruno Conceição, recarga e bola no poste. Logo a seguir, canto a favor do Gil Vicente e Hermes cabeceia para o golo, perante mais uma falha de marcação da defesa varzinista. A propósito de falhas de marcação, uma nota importante: neste início de época, parece-nos que os defesas do Varzim, apesar da sua grande entrega e de algumas brilhantes intervenções individuais, denotam algumas fragilidades nos esquemas de marcação à zona.

O Varzim não desanimou, pareceu acordar finalmente e, aproveitando também o recuo dos gilistas (então apostados a jogar em contra-ataque), começou a dar uma imagem mais real daquilo que pode fazer. Foi assim que, aos 51 minutos, Chico assustou fortemente os da casa, após bom cruzamento de Pedrinho. Nessa altura, surgiu a mística poveira em todo o seu esplendor, com os pouco mais de 50 adeptos do Varzim presentes no local a tomarem conta de um estádio onde se encontravam cerca de 1100 gilistas e a fazerem ecoar, alto e bom som, o nosso grito de guerra: "Oh Varzim, Oh Varzim, a vitória, a vitória!" Acreditavam e não esmoreciam os apoiantes alvi-negros, e os jogadores tinham de acreditar e lutar também. Tal como lhe competia, Diamantino Miranda foi mexendo na equipa (entradas de Candeias e, mais tarde, de Ukra, seguido de Bruno Moreira), o que lhe permitiu abrir a frente de ataque e explorar a velocidade destes jovens jogadores. O Varzim passou assim a atacar em 4x2x4, arriscando bastante, é certo, mas dando ao mesmo tempo uma prova inequívoca de que não estava disposto a perder a liderança do campeonato sem dar muita luta.

No entanto, em contra-ataque, os gilistas continuavam a ter as melhores oportunidades e Igor Sousa e Hermes, respectivamente aos 73 e 75 minutos, poderiam ter sentenciado a partida, dando corpo à superioridade da sua equipa no jogo jogado. Mas o melhor do Varzim estava guardado para o final.

Não vamos aqui citar o já gasto ditado "quem não marca, sofre", mas sim a mística poveira, de jogadores que não entregam os pontos e acreditam até ao fim. A vida do mar é feita de luta e imprevistos, e é precisamente ao mar que as gentes poveiras e varzinistas vão buscar essa sua mística. Assim, aos 88 minutos, o empate poderia ter surgido, não fosse algum egoismo da parte de Candeias. Já nos descontos, carregava o Varzim e o trio de arbitragem (não contente com permitir que jogadores da casa como Luís Coentrão distribuissem "fruta" a seu bel-prazer pelos jogadores alvi-negros) não assinalou uma grande penalidade a favor dos forasteiros por mão clara de um jogador gilista na sua área. Pensou-se que as esperanças do Varzim tinham terminado ali. Contudo, no último lance da partida, nova mão na área dos da casa, desta vez assinalada. Cobrou Roberto o correspondente penalty a favor dos da Póvoa, colocando o resultado final em 1-1, que premeia a entrega e a capacidade de sofrimento admiráveis dos jogadores e adeptos varzinistas.


Estádio Cidade de Barcelos, em Barcelos.
Árbitro: João Ferreira, coadjuvado por Pais António e Luís Ramos (Setúbal)

Varzim: Bruno Conceição; Pedrinho, Alexandre, Nuno Gomes e Telmo; Pedro Santos (Ukra aos 63 min.), Emanuel, Nuno Rocha (Bruno Moreira 70 min.) e Marco Cláudio; Roberto e Chico (Candeias aos 53 min.)

Golos:
1-0 Hermes aos 47 minutos
1-1 Roberto (pen.) aos 90+5 minutos

Disciplina:
Cartões Amarelos: Candeias (56 min.), Pedrinho (61min.) e Marco Cláudio (65min.)

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