

Tudo ficou resolvido ainda na primeira parte. Depois de 30 minutos sem graça, o encontro ganhou muito mais interesse depois do golo do Maia: na sequência de um livre directo, cuja falta nao existiu, Topas introduziu o esférico na baliza de Saric depois desta ter embatido na barreira varzinista. Estavam decorridos 35 minutos de jogo. A reacção não se fez esperar. Quatro minutos depois, Costé recebeu a bola vinda do lado direito e à meia volta desferiu um remate rente à relva, sem hipóteses para o guarda-redes do Maia. Estava relançada a partida e o domínio do Varzim começou a ser notório a partir dessa altura. Ainda antes do intervalo, Costé aproveitou uma saída extemporânea do guardião maiato e desviou a bola de cabeça para Emanuel que, descaído sobre o lado direito da grande área, atirou a contar.
1-2 ao intervalo era sinónimo de justiça no marcador. Um resultado justo que premiava o Varzim, não só pela eficácia mas também pela entrega ao jogo e que penalizava o Maia por não ter sabido dominar a vantagem de que dispôs... durante apenas quatro minutos.
Na segunda parte, o Maia fez o que lhe competia: entrou com mais garra e tentou levar o perigo à baliza varzinista, mas este seria também o jogo de Saric. O guardião sérvio-montenegrino ao serviço do Varzim rubricou algumas defesas de altíssima qualidade, evitando sempre que o Maia conseguisse chegar ao empate.
Por seu turno o Varzim tentava criar lances de golo em contra-ataque. Os alvi-negros perderam mesmo algumas oportunidades de golo. A mais perigosa pertenceu a Mendonça que, já perto do final do encontro, tentou surpreender Miguel com um «chapéu»... mas a bola sairia alguns centímetros acima da baliza.
Nota positiva para a presença de um número considerável de adeptos varzinistas. É que nesta altura do ano poucos trocam uma boa tarde de praia por uma partida de futebol. No final do encontro, os jogadores agradeceram com um forte e longo aplauso aos seus apoiantes.
Nota negativa para a arbitragem do algarvio Nuno Almeida que não sancionou uma grande penalidade nítida sobre Eliseu aos 11 minutos da primeira parte e assinalou a infracção (???) que viria a dar origem ao golo do Maia. Pelo meio, alguns fora de jogo e muitas faltas à entrada da grande área do Varzim... tudo coisas que só o juíz da partida e os seus auxiliares foram capazes de descortinar. Nota ainda negativa para a lesão do central varzinista Nuno Gomes. Desconhece-se para já a gravidade da lesão. Só esta segunda-feira será possível uma avaliação mais precisa.
No final do encontro, o treinador Horácio Gonçalves realçou o facto de a sua equipa ter "entrado com o pé direito no campeonato frente a uma equipa bastante dificil". Horácio destacou ainda a capacidade de entrega e "a atitude dos jogadores que nunca desistiram". Quanto ao Varzim ser ou não candidato à subida de escalão, o técnico poveiro adiantou que nesta edição da Liga de Honra, em que sobem apenas duas equipas e descem seis, o Varzim vai "pensar jogo a jogo... para já, não podemos pensar em subidas. Sabemos que esta é uma dura e longa caminhada. Candidatos há muitos... e sabemos que muitos gastaram muito milhões nessa aposta de quererem subir. Nós vamos sempre pensar no próximo jogo. Por isso o que nos interessa agora é o jogo com o Covilhã".
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Jogo no Estádio Prof. Dr. Vieira de Carvalho, na Maia
Espectadores: 150/200
Árbitro: Nuno Almeida (Algarve)
Intervalo: 1-2
VARZIM: Saric; Joca, Alexandre, Nuno Gomes (Bruno Miguel, 69'), Rafael Cadorin; Tito, Emanuel, Figueiredo (Pedro Santos, 72'); Eliseu (Anderson, 67'), Costé, Mendonça
GOLOS: Costé (39') e Emanuel (43')
CARTÕES AMARELOS: Costé e Figueiredo
MELHOR EM CAMPO: Costé - Depois de uma pré-temporada sem ritmo, provou hoje que está preparado para dar o seu melhor contributo. Hoje na Maia marcou o golo do empate e pôs nos pés de Emanuel o golo da vitória.
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