Textos: Black & White
Fotos: PoveiroDeGema
À margem da assinatura do protocolo com a AXA Seguros, Lopes de Castro voltou a falar da crise financeira do Varzim.
O presidente alvi-negro revelou que o montante que o clube terá que pagar ao fisco ascende aos 673 mil euros, portanto superior aos 600 mil euros inicialmente noticiados.
Os dados provisórios que constam da inspecção das finanças aos quatro anos de gestão de Luís Oliveira não surpreendem o actual presidente. Contudo, Lopes de Castro admite que há pontos nos quais a Direcção considera que «as Finanças não têm razão», mas que não são suficientes para desagravar o montante em dívida, «uma vez que estamos a falar de reclamações de montantes marginais».

Dívida ao fisco duplicou
Para o presidente varzinista, o quadro actual significa que «a dívida que já tínhamos dentro de portas, retratada em relatório de contas, duplicou», uma vez que o Varzim devia aos cofres do Estado 700 mil euros e agora passa a ter de pagar 1400000 euros.
Adensa-se o quadro de incerteza quanto ao futuro do Varzim no dia em que é também noticiado o congelamento das contas bancárias do Sporting, também devido a dívidas ao fisco. «Ora se o Estado faz isso ao Sporting... e até ameaça confiscar bens dos dirigentes do clube, poderá seguramente fazê-lo a outros clubes do país... e porque não ao Varzim?».
Ainda assim, Lopes de Castro considera fundamental a resolução deste problema pela via legal e admite que «está na hora de ponderar de forma muito séria o avanço de um procedimento extra-judicial», antes que a administração fiscal congele as contas do Varzim.
É que, a partir do momento em que esta dívida esteja rectificada, terá que ser paga imediatamente... «e se o Varzim não pagar, o Estado vai obrigar-nos a fazê-lo».
Dentro de 30 dias deverá ser apresentado o relatório final da auditoria das Finanças e nessa altura «a Direcção já tem que ter uma decisão tomada sobre a forma como será paga a dívida». Lopes de Castro apela à consciencialização dos associados para o problema: «para que as pessoas tenham uma ideia, estes cerca de 700 mil euros que devemos ao fisco constituem praticamente a massa salarial do nosso plantel profissional... a situação é realmente muito grave e as pessoas têm que compreender isso».
Por isso soluções precisam-se, e urgentemente. Lopes de Castro alerta para o cenário realista do futebol português, onde «de cada época que começa, há sempre um ou dois clubes que deixam de competir por causa dos problemas financeiros... e nós não queremos que no próximo ano o Varzim seja um desses clubes».

«A dívida é dirigida ao Varzim... somos nós que temos que resolver o problema»
Quanto à responsabilização dos anteriores dirigentes pela actual situação do Varzim, Lopes de Castro faz questão de separar os planos. «Uma coisa é a dívida que é dirigida ao Varzim e que temos que ser nós, a actual Direcção, a resolvê-la... outra é a identificação de quem cometeu os erros... e esses nós sabemos bem quem são».
Os trâmites que este processo tomará daqui para a frente ficarão depois nas mãos do Ministério Público. «A Direcção não tem que fazer rigorosamente nada, uma vez que, quando as Finanças enviarem a versão final do relatório, enviam-na para nós e directamente para as autoridades judiciais». Lopes de Castro, espera depois que «o Ministério Público faça qualquer coisa», uma vez que as Finanças comprovam que a fatia mais pesada da dívida não se prende com débitos de IRS, IVA ou Segurança Social, «mas antes com disparates de gestão que foram cometidos quando a anterior Direcção teve a infeliz ideia de negociar com off-shores».
De acordo com o presidente varzinista, «o clube foi tributado autonomamente a 55% sobre todos os movimentos feitos com off-shores e a 70% por todas as despesas não documentadas... o que é uma fortuna».
Por isso «não faz sentido que esta direcção seja mais penalizada pela actual situação, do que aquilo que já foi» e lamenta que tudo isto «se deva a invenções, disparates e erros grosseiros que se saldaram em centenas de milhões de prejuízos ainda por cima não documentados na contabilidade... e que agora vamos ter de pagar».
Varzim corre o risco de perder património
De acordo com o enquadramento legal da cobrança de dívidas fiscais, Lopes de Castro não acredita na possibilidade de transferir as responsabilidades pela dívida do Varzim para os responsáveis pelo caos financeiro do clube. «Enquanto o Varzim tiver património, corre o risco do Estado lhe poder confiscar os bens, porque o responsável pela dívida é o clube e nessa situação, o Estado não vai atrás de mais ninguém... e o Estado sabe muito bem que o Varzim tem património. Esse é o nosso principal problema».
A imputação de responsabilidades a uma pessoa ou pessoas apenas aconteceria se o clube não tivesse património como meio de pagamento. Em todo o caso, esse cenário está, de momento, afastado das cogitações de Lopes de Castro.
Os contactos com a Administração Fiscal têm sido favoráveis e o Varzim continua a tentar, a todo o custo, evitar que o património lhe seja confiscado, «mas, apesar do bom relacionamento que temos com as Finanças a nível local e distrital, o Varzim vai ter que apresentar saídas para o problema... porque não podemos passar a vida em reuniões sem encontrarmos soluções», concluiu Lopes de Castro.
Fotos: PoveiroDeGema
À margem da assinatura do protocolo com a AXA Seguros, Lopes de Castro voltou a falar da crise financeira do Varzim.
O presidente alvi-negro revelou que o montante que o clube terá que pagar ao fisco ascende aos 673 mil euros, portanto superior aos 600 mil euros inicialmente noticiados.
Os dados provisórios que constam da inspecção das finanças aos quatro anos de gestão de Luís Oliveira não surpreendem o actual presidente. Contudo, Lopes de Castro admite que há pontos nos quais a Direcção considera que «as Finanças não têm razão», mas que não são suficientes para desagravar o montante em dívida, «uma vez que estamos a falar de reclamações de montantes marginais».

Dívida ao fisco duplicou
Para o presidente varzinista, o quadro actual significa que «a dívida que já tínhamos dentro de portas, retratada em relatório de contas, duplicou», uma vez que o Varzim devia aos cofres do Estado 700 mil euros e agora passa a ter de pagar 1400000 euros.
Adensa-se o quadro de incerteza quanto ao futuro do Varzim no dia em que é também noticiado o congelamento das contas bancárias do Sporting, também devido a dívidas ao fisco. «Ora se o Estado faz isso ao Sporting... e até ameaça confiscar bens dos dirigentes do clube, poderá seguramente fazê-lo a outros clubes do país... e porque não ao Varzim?».
Ainda assim, Lopes de Castro considera fundamental a resolução deste problema pela via legal e admite que «está na hora de ponderar de forma muito séria o avanço de um procedimento extra-judicial», antes que a administração fiscal congele as contas do Varzim.
É que, a partir do momento em que esta dívida esteja rectificada, terá que ser paga imediatamente... «e se o Varzim não pagar, o Estado vai obrigar-nos a fazê-lo».
Dentro de 30 dias deverá ser apresentado o relatório final da auditoria das Finanças e nessa altura «a Direcção já tem que ter uma decisão tomada sobre a forma como será paga a dívida». Lopes de Castro apela à consciencialização dos associados para o problema: «para que as pessoas tenham uma ideia, estes cerca de 700 mil euros que devemos ao fisco constituem praticamente a massa salarial do nosso plantel profissional... a situação é realmente muito grave e as pessoas têm que compreender isso».
Por isso soluções precisam-se, e urgentemente. Lopes de Castro alerta para o cenário realista do futebol português, onde «de cada época que começa, há sempre um ou dois clubes que deixam de competir por causa dos problemas financeiros... e nós não queremos que no próximo ano o Varzim seja um desses clubes».

«A dívida é dirigida ao Varzim... somos nós que temos que resolver o problema»
Quanto à responsabilização dos anteriores dirigentes pela actual situação do Varzim, Lopes de Castro faz questão de separar os planos. «Uma coisa é a dívida que é dirigida ao Varzim e que temos que ser nós, a actual Direcção, a resolvê-la... outra é a identificação de quem cometeu os erros... e esses nós sabemos bem quem são».
Os trâmites que este processo tomará daqui para a frente ficarão depois nas mãos do Ministério Público. «A Direcção não tem que fazer rigorosamente nada, uma vez que, quando as Finanças enviarem a versão final do relatório, enviam-na para nós e directamente para as autoridades judiciais». Lopes de Castro, espera depois que «o Ministério Público faça qualquer coisa», uma vez que as Finanças comprovam que a fatia mais pesada da dívida não se prende com débitos de IRS, IVA ou Segurança Social, «mas antes com disparates de gestão que foram cometidos quando a anterior Direcção teve a infeliz ideia de negociar com off-shores».
De acordo com o presidente varzinista, «o clube foi tributado autonomamente a 55% sobre todos os movimentos feitos com off-shores e a 70% por todas as despesas não documentadas... o que é uma fortuna».
Por isso «não faz sentido que esta direcção seja mais penalizada pela actual situação, do que aquilo que já foi» e lamenta que tudo isto «se deva a invenções, disparates e erros grosseiros que se saldaram em centenas de milhões de prejuízos ainda por cima não documentados na contabilidade... e que agora vamos ter de pagar».
Varzim corre o risco de perder património
De acordo com o enquadramento legal da cobrança de dívidas fiscais, Lopes de Castro não acredita na possibilidade de transferir as responsabilidades pela dívida do Varzim para os responsáveis pelo caos financeiro do clube. «Enquanto o Varzim tiver património, corre o risco do Estado lhe poder confiscar os bens, porque o responsável pela dívida é o clube e nessa situação, o Estado não vai atrás de mais ninguém... e o Estado sabe muito bem que o Varzim tem património. Esse é o nosso principal problema».
A imputação de responsabilidades a uma pessoa ou pessoas apenas aconteceria se o clube não tivesse património como meio de pagamento. Em todo o caso, esse cenário está, de momento, afastado das cogitações de Lopes de Castro.
Os contactos com a Administração Fiscal têm sido favoráveis e o Varzim continua a tentar, a todo o custo, evitar que o património lhe seja confiscado, «mas, apesar do bom relacionamento que temos com as Finanças a nível local e distrital, o Varzim vai ter que apresentar saídas para o problema... porque não podemos passar a vida em reuniões sem encontrarmos soluções», concluiu Lopes de Castro.
2 comentários:
ontem era um valor, hoje já é outro, sinceramente...sinceramente...tenho medo do dia de amanha!
mas remando todos para o mesmo lado e confiando nos nossos dirigentes vamos conseguir.
Ala-Arriba Varzim!
[Tribunal] - Superior Sócios
Caros Póveiros
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