Fotos: Site do Portimonense
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O futebol é um manancial de opiniões, de acusações, de confusões e muitas mais coisas terminadas em ões, como, por exemplo, sabichões que rima com aldrabões. Há os treinadores de campo, de bancada e de bastidores. Os críticos da rádio, dos jornais e dos sofás. Sem esquecer a guerra de interesses e os casos dos apitos de todas as cores e feitios, com os árbitros, agora, a utilizarem dois apitos mais ou menos coloridos, “engalhados” um no outro, com receio que não falhe um deles para os sopros das suas sentenças em campo.
Há também quem não saiba perder jogos, quantas vezes arranjando subterfúgios e motivos mais ou menos ocultos para se segurarem a eles, como náufrago a palhas, na tentativa de safarem as suas costas dos insucessos.
Depois há as tácticas das mais variadas maneiras de colocar os jogadores por sobre o terreno de jogo, quer para actuarem ao ataque, quer para se refugiarem na defesa.
Quando uma equipa mostra sentido ofensivo na mira de ganhar os jogos, classifica-se de arrojada, de peito aberto para marcar os golos que dão pontos. Está muito em moda dizer-se que o treinador Tal, meteu toda a carne no assador, quando reforça a frente atacante para ganhar jogos, ou tentar mudar resultados desfavoráveis.
Mas, tratando-se de jogar à defesa, os epítetos técnicos são vastos, muitos vastos. Desde o catenáccio à italiana, até ao ferrolho à portuguesa, passando pela defesa em linha, pelo 5x4x1, pela super-defensiva, e por aí fora, até ao fechar a sete chaves – sem ser do Desportivo das ditas (Chaves). Até que veio a mania de colocar um autocarro à frente das balizas, tendo como variante o comboio nesse sentido figurado defensivo.
Agora o que nunca se viu, por muitas voltas que se queiram dar e por muito que uma equipa se queira defender, é utilizar um guarda-redes e dez defesas.

Pois é, amigos. Pelos vistos essa especialidade é do Varzim. Quem o diz (ou disse), é o treinador do Portimonense, um Diamantino Miranda que foi vedeta como jogador no Benfica, mas que deixa muito a desejar na carreira de treinador. Disse-o franca e abertamente, sem papas na língua, que o Varzim só empatou no domingo em Portimão, porque utilizou como táctica um guarda-redes e dez defesas. Foi dito e ouvido; está escrito e gravado; portanto sem possibilidade de ser negada essa afirmação peremptória.
Já uma vez, em Felgueiras, tínhamos assistido ao mau perder desse homem que não mostra “vista escanada” para encarar o infortúnio, num dia em que o Varzim foi lá ganhar. Ficamos, nessa altura, com má impressão de quem, como jogador, teve tardes de glória, ao serviço do “glorioso”, como os benfiquistas apelidam a equipa dos seus amores.
Mas ter a desfaçatez e a pouca vergonha de acusar o Varzim de que jogou totalmente com um muro defensivo à frente do seu guarda-redes, ultrapassa as regras do intolerável, para se tornar caricato, como também é identificativo de, quem o disse, não ter bom senso nem bagagem para o cargo que exerce no futebol português.
Como é que o Varzim marcou dois golos, tantos como o Portimonense, se os seus jogadores estavam a “forrar as costas” ao guardião Barbosa?
Como foi possível a Pedrinho executar aquele primoroso centro aproveitado por Rui Miguel para, de cabeça, desfeitear pela primeira vez em Portimão o guarda-redes Fouhami ?
E como conseguiu o mesmo Pedrinho bater o mesmo guarda-redes da equipa algarvia, com um petardo à entrada da grande área que deu o segundo golo poveiro?
Como é que o Varzim, com 11 jogadores postados deliberadamente na defesa, conseguiu tirar a virgindade às redes do Portimonense em jogos desta época no seu Estádio? Até então, ninguém tinha lá marcado golos, com derrotas a zero do Barreirense, Vizela e Chaves, e empate em branco do Leixões.
Quer dizer: foi preciso ir a Portimão jogar uma equipa que actuou com um guarda-redes e dez defesas, para, pela primeira vez, o Portimonense sofrer golos – e logo um par deles. O que seria, então, se essa equipa, a do Varzim, jogasse deliberadamente ao ataque !…
Francamente: este Diamantino, podia ter sido um diamante a jogar futebol, mas mostra não ter tino para encarar os momentos de infortúnio, como treinador... ou então, o desespero de ter perdido a vitória nos derradeiros segundos do jogo de domingo devia-lhe ter transtornado a mioleira.
*Jornalista do Comércio da Póvoa e director do jornal «O Varzim» escreve habitualmente neste espaço às quintas-feiras
1 comentário:
tudo o que mais se escreva acerca das declarações desse senhor será dar-lhe mais importância do que a que ele merece. Pode ter sido um grande jogador, já como treinador, onde chegou e quem treinou?
Está a frente do portimonense, tem mérito em estar nos lugares cimeiros sim senhor, mas a missa ainda nem a metade vai e o facto de estar provavelemente na sua melhor classificação de sempre (do portimonense não sei) não lhe dá o direito de se embandeirar em arco e desrespeitar o Varzim, que em termos de história bate quase todos da Liga de Honra. Como ele também muitos encheram o peito, veja-se agora a opiniãoq ue temos deles em midgang.blogdrive.com
Ala-Arriba Varzim!
[Tribunal]
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