Liga de Honra - 12.ª jornada
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VARZIM ----- 3
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Vizela ----- 3
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Depois de uma arbitragem daquelas, comentar passa a ser uma tarefa (quase) secundária.
O internacional (?!) Jorge Sousa, por acaso árbitro da partida, foi o verdadeiro protagonista de um dos maiores atentados à verdade desportiva a que alguma vez assistimos no nosso estádio.
Igual a isto só mesmo os jogos com Penafiel e Setúbal há dois anos, um triste Estoril x Varzim (arbitrado por Lucílio Baptista), no António Coimbra da Mota... com igual resultado... 3-3... e, mais longínquo... um Varzim x Aves na época 1999-2000.
Fica sempre a sensação que a equipa joga bem mas há sempre alguém no nosso caminho para além dos 11 adversários que estão do outro lado do terreno. PORQUÊ?
Uma pergunta que nunca terá resposta, porque a impunidade reina no seio da nossa arbitragem... se tentarmos apurar responsabilidades junto dos órgãos oficiais que tutelam a arbitragem neste país, a resposta é inexistente ou insuficiente. E assim andam os 'senhores de negro' quantas vezes a passear uma arrogância atroz ao serviço de compadrios que em nada abonam a credibilidade do nosso futebol.
Justiça? Não se faz? E os pontos perdidos que tanta falta vão fazer no fim? Não se faz contas a isso?
Pois... a resposta todos nós sabemos.
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Agora o jogo propriamente dito
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Com a chuva que caia intensamente à hora do jogo era notória a má qualidade do terreno, mas num embate entre duas equipas com bons índices físicos o que se viu foi um espectáculo agradável.
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--------------Costé, o melhor do Varzim em campo (foto de Rui Carvalho)
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Os poveiros entraram como lhes competia, dominando o jogo logo desde os primeiros minutos. Ainda não tinhamos chegado ao minuto 15 e já Costé tinha disparado o primeiro míssil à baliza de Rui Ribeiro: na sequência de um pontapé de canto, Nuno Gomes dá um primeiro toque no esférico que na recarga sobra para o avançado francês que atirou a contar.
Dez minutos depois, foi Cícero com mais uma das suas bombas à entrada da área a fazer o 2-0. Estava claro que o ritmo do jogo era imposto pelos da casa que aos 25 minutos mereciam por inteiro a vantagem de dois golos.
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------------------Cícero a marcar o 2-0 (foto de Rui Carvalho)
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Mas a reacção do Vizela foi rija: os forasteiros deram boa réplica e partiram para cima do último reduto alvi-negro. Resultado dessa pressão? Ainda antes do intervalo, Bock faria o primeiro de três golos que coroaram uma exibição de luxo do avançado vizelense.
2-1 era o resultado ao intervalo, um score tudo menos seguro quando ainda havia 45 minutos para resolver a partida.
Ciente desse factor, a turma que viajou desde Vizela entrou mais determinada no segundo tempo e logo aos primeiros instantes mostrou ao que vinha: Rodrigo marcou, mas (mal) o árbitro anulou aquele que seria o golo do empate dos visitantes. Progressivamente, o Varzim ia perdendo o domínio a meio campo e a reacção de Horácio Gonçalves tardou.
As consequências iam sentir-se mais tarde.
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Momentos negros do jogo
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Ainda assim, o jogo seguia em toada equilibrada, até que o Vizela ganha um aliado inesperado: aos 73 minutos, Jorge Sousa sanciona com livre indirecto uma falta de Joca sobre Bock, mas o seu auxiliar rectificou e entendeu que o lateral direito varzinista tinha cometido a infracção dentro da área de rigor. Jorge Sousa anuiu e expulsou Joca com um vermelho directo.
Aconselhamos por isso uma consulta de oftalmologia, COM CARÁCTER URGENTE! E, já agora, um curso de arbitragem... a sério!
A falta, que na verdade existiu, foi nitidamente fora da grande área.
Tinha razão o árbitro no seu primeiro julgamento, mas deixou-se levar pelas vistas de um incompetente.
Chamado a converter, Bock (outra vez ele) não deu hipótese a Rui Barbosa.
Mas o Varzim não baixou os braços e no minuto a seguir, Costé voltou a balançar a rede e punha a turma poveira novamente no comando e a jeito para conquistar os preciosos três pontos.
Só que ainda havia mais asneira da equipa de arbitragem para acontecer: aos 83 minutos, Telmo terá (????) ajeitado a bola com a mão dentro da grande área mas, à primeira vista, Jorge Sousa deixa o lance seguir. E só depois da bola ter avançado praticamente até ao meio campo contrário é que o juiz da partida reparou que o seu auxiliar tinha a bandeira levantada para assinalar nova grande penalidade contra os poveiros. Ora bem, se era penalty porque é que não assinalou logo e deixou os jogadores do Varzim avançar com a bola mais de 50 metros? O árbitro não tem olhinhos? Nem poder de decisão? Tem que ser o seu auxiliar a 'pedir' a marcação das infracções dentro da área de rigor? Arbitragem péssima e sem personalidade de um árbitro que, cúmulo da incompreensão, ostenta as insígnias da FIFA.
Os adeptos do Vizela explodiram de alegria e gelaram o estádio do Varzim quando Bock fez o seu hat-trick ao converter o terceiro golo que estabeleceu o 3-3 final.
É mais um empate, o quarto consecutivo, que faz o Varzim cair para o 11.º lugar agora com 15 pontos.
Chega de termos equipa e não conseguirmos concretizar os nossos objectivos. Temos uma equipa que está em sub-rendimento e que vale muito mais do que aquilo que os resultados demonstram.
A próxima grande prova é na Póvoa contra o Olhanense... GANHAR É OBRIGATÓRIO!
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Jogo no Estádio do Varzim SC, na Póvoa de Varzim
Árbitro: Jorge Sousa (Porto)
Espectadores: perto de 1000
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Intervalo: 2-1
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VARZIM: Rui Barbosa; Joca, Bruno Miguel, Nuno Gomes, Telmo; Tito, Emanuel, Figueiredo; Mendonça (Pedro Santos, 75'), Cícero (Rui Miguel, 90'), Costé (Pedrinho, 89')
Árbitro: Jorge Sousa (Porto)
Espectadores: perto de 1000
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Intervalo: 2-1
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VARZIM: Rui Barbosa; Joca, Bruno Miguel, Nuno Gomes, Telmo; Tito, Emanuel, Figueiredo; Mendonça (Pedro Santos, 75'), Cícero (Rui Miguel, 90'), Costé (Pedrinho, 89')
1 comentário:
Da próxima vez que formos saqueados desta maneira, podem crer que apenas colocaremos o resultado do jogo e a ficha. O espaço da crónica será um buraco negro em sinal de luto pelo futebol nacional.
Black & White
PoveiroDeGema
@ http://varzinistas.blogspot.com
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