«Não sinto que tenha tirado o lugar ao Alexandre»

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Nome: Bruno Miguel Moreira de Sousa
Data de nascimento: 24-09-1982

Nacionalidade: Portuguesa

Posição: Defesa central #13 (considerado o melhor jogador do 1.º terço do campeonato pela maioria dos cibernautas do PRETO NO BRANCO)

Altura: 1,88'

Peso: 85 kg.

Clube anterior: Tourizense

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Textos: Black & White

Fotos: PoveiroDeGema

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Preto No Branco - Qual a sensação de ter sido escolhido pela maioria como o melhor jogador do Varzim no primeiro terço do campeonato?

Bruno Miguel - Para mim é muito agradável saber isso... embora eu não estivesse muito a par desse inquérito de opinião que vocês estavam a fazer. Confesso que acedi uma vez ao site e vi que estava a decorrer uma votação. De qualquer maneira fiquei muito satisfeito.

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PB - O caso do Bruno Miguel não deixa de ser curioso, uma vez que o lugar era do Alexandre... que depois seria obrigado a sair por lesão. O Bruno 'pegou de estaca' e conseguiu a confiança do treinador. Sente que tem cumprido o seu papel?

BM - Penso que sim. Para mim foi muito bom ver reconhecido o meu trabalho com a confiança do treinador

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PB - Não sente que tirou o lugar ao Alexandre?

BM - Não. Aqui ninguém tira nada a ninguém. Cada um faz o seu trabalho diário, sempre na perspectiva de ter um lugar entre os eleitos... eu faço o meu... o Alexandre faz o dele. Eu não quero tirar nada ao Alexandre nem o Alexandre a mim.

Considero-o um símbolo do Varzim e um exemplo de homem e atleta que muito respeito.

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«O Varzim tem jogado bem... mas só isso não chega»

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PB - Vamos agora ter a 8 de Janeiro o jogo na Póvoa com o Feirense... e depois o que resta dos últimos dois terços de campeonato. O quê que é de esperar deste Varzim?

BM - Antes de mais, eu acho que o Varzim neste primeiro terço de campeonato fez muito... o que não fez foi muitos pontos. Eu sei que isto pode parecer contraditório, mas a verdade é que o Varzim tem jogado bem, tem tido boas exibições... mas isso só não se traduz em pontos. Reparem: aqui contra a Ovarense jogámos mal e ganhámos 3-1... já em Aveiro, por exemplo, jogámos bem, dominámos e acabámos por perder.

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PB - O jogo com o Beira Mar é a sua mancha no currículo: o golo do Beira Mar foi praticamente uma oferta sua ao avançado... como é que digeriu esse erro?

BM - Da melhor forma... tanto com o sucesso como com o insucesso eu tento sempre gerir as situações da melhor maneira. Guardo tudo muito para mim.

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PB - Mas os títulos dos jornais desportivos foram um pouco severos com a sua exibição...

BM - Sim, mas eu não tenho nada contra as pessoas que escrevem isso... é a opinião delas. Nós é que estamos dentro do campo, por isso nós é que sabemos o que temos de fazer.

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PB - Considera que o jogo da Taça de Portugal em Alvalade foi o ponto alto da sua carreira?

BM - Foi o maior estádio onde tive oportunidade de jogar e senti-me muito bem. De resto, já tinha treinado noutros palcos (nomeadamente no Estádio do Dragão). A princípio julguei que por estar a jogar no estádio do Sporting ia sentir pressão... mas não. Foi perfeitamente normal... como se estivesse a jogar aqui na Póvoa, ou no campo do Barreirense... ou em qualquer outro estádio da Liga de Honra.

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«Estou perfeitamente integrado e o ambiente de trabalho é muito bom»

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PB - Sente-se bem no Varzim?

BM - Sim, estou perfeitamente integrado. As pessoas receberam-me muito bem e o ambiente de trabalho é muito bom.

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PB - Como é que sente os adeptos daqui da Póvoa... em quê que são diferentes, por exemplo, dos do Tourizense... onde esteve no ano passado?

BM - São pessoas muito diferentes. O Tourizense tem cerca de 200 pessoas, o Varzim tem milhares de adeptos.

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PB - ... que têm vindo poucas vezes ao estádio.

BM - Sim... mas se naquela série de empates, o Varzim tivesse conseguido duas ou três vitórias, se calhar isso chamaria mais gente ao estádio.

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---------------------------------------Foto: site do Varzim

«Os varzinistas gostam muito do seu clube»

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PB - Mas dizia que ambas as massas associativas são diferentes. Em quê exactamente?

BM - Não tenho dúvidas que os adeptos do Varzim são mais impulsivos. Se estamos bem eles apoiam-nos, mas se formos abaixo, eles criticam-nos. O que não significa que não gostem de nós jogadores. Até porque para eles não somos nós que estamos em causa... é o clube... e aí sim, sente-se que os varzinistas gostam muito do seu clube.

Às vezes nós vamos a estádios onde vejo que há adeptos que, quer a equipa esteja a ganhar ou a perder, não há aquela chama, aquela garra que se vê aqui na Póvoa e que se vê quando os nossos adeptos nos vão ver fora de casa. Podem ser quatro, 10, 15 ou 20... mas sentimos que ali está gente do Varzim e isso deixa-nos muito satisfeitos porque sabemos que temos apoio.

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PB - Vamos retomar a questão dos objectivos do Varzim esta época: acredita que a equipa pode fazer uma boa segunda volta e colar-se aos lugares cimeiros, podendo ainda lutar pelas duas primeiras posições?

BM - Ainda acredito que possamos chegar aos primeiros lugares. Não é fácil e só com muito trabalho e alguma sorte é que poderemos conseguir isso. Mas sinto que é possível porque temos uma equipa jovem e um bom grupo de trabalho.

Pessoalmente, gostaria muito que o Varzim subisse de divisão para assim cumprir o sonho de eventualmente poder jogar na Liga principal.