Jogo de bola sobre 'papas' de relva... não é futebol

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Liga de Honra - 18.ª jornada

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----- VARZIM ----- 0

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----- Maia ----- 0

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Deste jogo importa realçar, acima de tudo, o antes e o depois... porque do tempo total de jogo fica uma nota pouco abonatória daquilo que deve ser um espectáculo de futebol.

Nos minutos que antecederam o início do jogo estava bom de ver o que ia acontecer: chovia 'que Deus a dava'... tanto que os lençóis de água reflectiam o cinzentão do céu.

Uma premonição para o que se veria ao longo de 94 minutos de jogo: um futebol horrível, sem ponta por onde se lhe pegue.

Decorridos poucos minutos e o relvado estava em papas... tropeções foram uma constante... jogadas cortadas sistematicamente pelo mau estado do relvado foram o prato do dia... a que se acresce uma virilidade induzida por todas as condicionantes.

Enfim... este jogo estava para tudo menos para os golos.

Coisa fácil de adivinhar, ainda para mais quando é sabido de todos os que acompanham o Varzim que esta equipa não sabe jogar de outra forma que não seja 'bolinha na relva'.

Um dado reconhecido pelo próprio treinador alvi-negro na conferência de imprensa... apesar de ter admitido saber que o futebol é um desporto fundamentalmente de Inverno.

Então Horácio, mais vale dizer que é preciso preparar as pernas porque jogos como este vão acontecer mais vezes e o Varzim não se pode dar ao luxo de desperdiçar pontos preciosos em jogos que são (DE CARAS) para ganhar.

Objectivamente, o mau estado do terreno de jogo não pode ser desculpa para não se alcançarem os objectivos.

Mas infelizmente, as incidências do jogo desfavoráveis ao Varzim foram mais do que o simples estado do terreno ou a ausência deprimente de público nas bancadas (mais ou menos 800 pessoas).

O árbitro Carlos Xistra tinha tudo para ser cotado com uma nota decente... não fosse ter expulso (de forma injusta ?! ou talvez premeditada ????) os médios Emanuel e Tito e ter mostrado o quinto amarelo ao também médio Pedro Santos... isto entre todos os outros erros mais ou menos normais que um árbitro comete num encontro de futebol.

Mas centremo-nos no que é realmente preocupante: o meio campo alvi-negro foi totalmente liquidado por um juiz da AF de Castelo Branco, natural da Covilhã onde (por acaso, mas só por acaso) o Varzim se desloca no próximo sábado.

Se juntarmos a isto as ausências forçadas de Mendonça e de Figueiredo (ao serviço de Angola no CAN), facilmente percebemos que esta semana vai ser uma verdadeira dor de cabeça para o técnico Horácio Gonçalves.

De resto, o que dizer deste Varzim x Maia sem golos?

Que a primeira parte foi uma nulidade de parte a parte, e que o segundo tempo presenteou-nos com um ou outro momento de futebol com princípio meio e fim: o Maia teve a sua oportunidade quando um dos seus avançados se apanhou em posição frontal à baliza de Ricardo, mas disparou ao lado do alvo; o Varzim teve três chances golo e foi particularmente batalhador nos últimos 15/20 minutos de jogo.

De resto, nada mais.

O Varzim é nono com 24 pontos e desloca-se no próximo sábado à Covilhã.

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Jogo no Estádio do Varzim SC, na Póvoa de Varzim

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Árbitro: Carlos Xistra (Castelo Branco)

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Espectadores: 800
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VARZIM: Ricardo; Nuno Ribeiro (Anderson, 73'), Bruno Miguel, Nuno Gomes, Telmo; Tito, Emanuel, Cícero; Eliseu, (Rui Miguel, 45 + 1) Pedrinho, Costé (Pedro Santos, 60')

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INTERVALO: 0-0

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CARTÕES: Emanuel (2x), Tito (2x), Pedro Santos

CARTÕES: Emanuel, Tito

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MELHOR EM CAMPO: Tito – Acabou por ser expulso em cima do apito final, mas durante o jogo foi (ao lado de Cícero) o mais inconformado dos alvi-negros. Deu segurança ao meio campo e merece ser considerado o melhor em campo pela raça com que disputou cada lance.

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