A notícia vem na edição desta quarta-feira do jornal Póvoa Semanário e revela que, dois anos após a sua conclusão, o Plano de Urbanização da Póvoa de Varzim (PU) foi ratificado.
De acordo com o documento, estabelecem-se novas regras construtivas e de desenvolvimento do espaço definido como sendo o perímetro urbano.
Os limites são os seguintes: a norte, Aver-o-Mar; a sul, Argivai; a nascente, o IC1; a poente, o mar.
Dentro destes limites, o índice construtivo médio varia entre os 0,5 e um máximo de 1,2... mas estes são valores que não deverão afectar o negócio do novo estádio do Varzim.
Ouvido pelo Preto No Branco, Lopes de Castro, garante que a última palavra cabe agora à autarquia poveira, com quem o Varzim vai agora negociar até ao limite para que o índice máximo previsto pelo PU possa ser majorado até um máximo de 50%, conseguindo assim o desejado índice de construção de 1,8.
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Preto No Branco - O PU agora aprovado prevê um índice máximo de construção de 1,2... isso não deita por terra a intenção da direcção do Varzim de conseguir o tal índice de 1,8 para concretizar o negócio do novo estádio, permitindo a sobrevivência futura do clube?
Lopes de Castro - O Plano de Urbanização é para a cidade e institui um índice máximo de construção de 1,2, mas está aprovado desde 2001 um conjunto de excepções que permitiam que empresas como a Madrugada, a Quintas e Quintas, o Desportivo e o Varzim possam ter a majoração do índice de 1,2 até um máximo de 50%... ou seja 1,8.
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PB - Portanto de 1,2 aos tais 1,8, tudo é negociável com a Câmara.
LC - Eu diria que sim, mas isto não é uma negociação muito linear. Vai ser feito o concurso público que vai adjudicar a execução do Plano de Pormenor que é a peça que está a faltar. Ou seja, sem PU o Plano de Pormenor dependia daquilo que fosse aprovado em Lisboa. Agora está aprovado e essa é para nós uma excelente notícia. Agora, o Plano de Pormenor vai ser aprovado na Assembleia Municipal e a definição do índice de construção vai depender dos interesses da Câmara para aquela zona da cidade. E nesse sentido serão dadas ao arquitecto que venha a ganhar o concurso público as instruções que a Câmara entender serem as melhores.
Por isso, aqui a Câmara tem um papel central.
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PB - Muito se disse na Assembleia Geral do último domingo que a Câmara não podia abandonar o Varzim neste processo. Mas o que se viu naquele auditório municipal foi um presidente da Câmara calado... quem interveio foi, afinal, o vice-presidente Aires Pereira. O silêncio do presidente da Câmara não quererá significar um distanciamento de todo este processo?
LC - Não de maneira nenhuma. O Dr. Macedo Vieira esteve calado naquele domingo porque não teve oportunidade de falar. Não podemos inferir nada do silêncio do Dr. Macedo Vieira. Mas estou convencido que na próxima Assembleia Geral ele vai falar e dirá o que tem a dizer sobre o assunto.
As pessoas não deixam de ser mais ou varzinistas em função do processo que decorre... uns concordam outros nem por isso, mas não deixam de querer o melhor para o clube.
Agora o papel de um presidente de Câmara que também é varzinista é muito difícil dadas as sérias responsabilidades que tem neste processo.
Mas também não é por o Dr. Macedo Vieira ser um grande varzinista que nos vai dar mais do que aquilo que merecemos.
Agora o papel de um presidente de Câmara que também é varzinista é muito difícil dadas as sérias responsabilidades que tem neste processo.
Mas também não é por o Dr. Macedo Vieira ser um grande varzinista que nos vai dar mais do que aquilo que merecemos.
Embora nós saibamos que merecemos... porque há uma deliberação da Assembleia Municipal que nos criou legítimas expectativas quanto ao estabelecimento do índice de 1,8. Por isso, vamo-nos sentar com a Câmara e vamos negociar aquilo que é o melhor... não só para o Varzim... mas também para o próprio Desportivo. Por isso não é uma discussão tão simples assim.
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PB - Até que ponto este dado do índice máximo de construção estabelecido pelo PU vai influenciar os trabalhos da próxima Assembleia Geral do clube?
LC - Quem ouviu o Eng.º Aires Pereira ficou a perceber isto que é muito importante: a partir do momento em que o PU for aprovado, o património do Varzim é muito atractivo para os credores... qualquer credor a partir de agora pode reclamar as dívidas porque o Varzim passa a ter património quantificado. Não tinha até agora... tinha património mas ele não valia nada. Por isso é que eu digo que temos aqui uma oportunidade única para resolver os problemas do Varzim. Ou então afundamo-nos definitivamente.-
PB - Mas não põe em nenhum momento a hipótese das negociações com a Câmara correrem mal e de não termos um índice de 1,8? É que é preciso ter em conta que no resumo do relatório da Projecta & Aplica sobre este negócio, esse era um ponto fulcral: o Varzim tem de conseguir para si um índice de construção de 1,8 para que possa concretizar na totalidade o negócio imobiliário, conseguindo amealhar ao mesmo tempo uma parcela de saldo remanescente para adquirir património.
LC - Certo. Mas há aqui uma certa flexibilidade. Eu não sei se o índice de construção vai ser 1.8, 1.7, 1.75 ou 1.77. Há margem de manobra suficiente, até porque a Câmara pode compensar-nos noutras situações: por exemplo, no centro de formação... não há nada como quantificar esses apoios e o que estiver em cima da mesa terá que ser negociado.
Da nossa parte, zelaremos pelos interesses do Varzim... da parte da Câmara, estou certo que tudo fará para defender os interesses da cidade. Só temos que conciliar os interesses.
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PB - Portanto, em síntese, com esta notícia o negócio do novo estádio não está em causa.
LC - Bem pelo contrário: com esta notícia confirmamos aquilo que eu dizia. Valeu a pena iniciar este process em Janeiro de 2005, sem esperar pela aprovação do PU. Ou seja, ganhámos 12 meses.
9 comentários:
Amigos não se esqueçam que a Póvoa é muito mais que o Varzim. Porquê fretes? O CDP tem mais jovens nas formações e não vejo preocupação em ajudar? Por outro lado porque dar mais que o estabelecido por lei e chegar aos 1.8? Para a fábrica do quintas que criava postos de trabalho todos andaram a engonhar...Calma, calma e não matem a galinha dos ovos de ouro.
espero que tudo isto termine (e rápido) em mais uma vitória do Varzim, quem sabe se não a mais importante...Porque o clube somos nós, o clube é de todos nós, tudo o resto passa e é temporário...menos o clube e os seus adeptos e defensores.
Ala-Arriba Varzim!
Senhor Mordaz, o desportivo tem mais jovens na formação? Tem mais modalidaes, isso tem. Mas lembre-se que cada escalão de formação do futebol do Varzim tem mais do que uma equipa, e um plantel de futebol tem muito mais elementos do que uma equipa de basket, volei, hoquei, etc. E para mim o papel social do Varzim é mais importante do que o do Desportivo. Existem jovens mais carenciados nos escalões do Varzim. No desportivo são filhinhos do papá (a maior parte). O desportivo foi muito ajudado, olhe-se para as instalações que tem agora, e se não fossem as piscinas, que faz com que muita gente seja sócio(a) do Desportivo, ninguém queria saber do clube, a não ser os parentes do atletas do mesmo... Não tem comparação. O Varzim é a maior bandeira da Póvoa!
"E acredite, meu caro: oportunidades para uma nova entrevista com o presidente não hão de faltar... e até com outros membros da direcção e notáveis varzinistas. E acredite que, por tanta celeuma ter lançado essa questão, comprometemo-nos perante todos: primeiro, a confirmar se tal situação ocorre; segundo: a questionar porquê??? Porque, afinal, perguntar não ofende."
Sem querer de alguma forma condicionar o vosso trabalho, o que acimo cito, foi respondido por vós(administração) em 1 de Janeiro, questionados por mim porque não interpelavam o presidente tentando aferir da veracidade dos factos, sobre o salário do Joaquim Jorge.
Podem-me explicar, se assim o entenderem, porque não aproveitaram esta oportunidade.
Não nos esquecemos da promessa, mas as perguntas têm o seu contexto... não era no dia da aprovação do PU que íamos colocar uma pergunta que não tinha nada a ver com o assunto não acha Zé Troina? É uma questão de bom senso. E continuo a dizer-lhe: oportunidades para fazer essa pergunta não hão de faltar... e prometemos colocar a pergunta ao presidente quando tal se revelar oportuno. Você acha que a nossa vida é o PRETO NO BRANCO? Não meu caro: Black & White e PoveiroDeGema têm vida profissional... isto pra nós é um passatempo. Mas já agora que retoma o assunto 'Ordenado Mensal do Joaquim Jorge', calha bem: amanhã na AG há meia hora para discutir assuntos do interesse do clube. Já que está tão curioso em confirmar se o Joaquim Jorge ganha ou não 3000 € mensais e porquê, julgamos que devia perguntar isso directamente ao presidente. Afinal, os assuntos discutem-se na hora e local certos ou não?
Um abraço
Vocês acham que, saber se esta Direcção proporciona um ordenado chorudo ao Sr. Joaquim Jorge, é uma questão de oportunidade.
Tudo está interligado, como é que esta Direcção diz que o Varzim está em vias de se juntar ao Salgueiros, Farense,..., se não aprovar o "negócio" da venda do estádio e tem Directores de campo, a ganhar 3000€? Não acha, que a "cara não bate com a careta".
Quando vão fazer uma entrevista com o presidente, combinam os assuntos a tratar de antemão?
Pelo que diz, nesta entrevista combinou só falar da aprovação do PU.
Quanto à oportunidade, já perderam uma, porque eu acredito que vocês não combinaram com o presidente aquilo que iam falar, até porque como vocês dizem "perguntar não ofende".
Para além disso, vocês prometeram quando houvesse nova oportunidade, iriam questionar o presidente por ser um assunto pertinente, pertinente, pertinente. A primeira oportunidade já passou.
E mais, entendo de uma tremenda infelicidade estas vossas palavras,
"Você acha que a nossa vida é o PRETO NO BRANCO? Não meu caro: Black & White e PoveiroDeGema têm vida profissional... isto pra nós é um passatempo."
Vocês acham que isto para nós é o quê? Pedem-nos comentários e depois respondem-nos assim!?!?
Zé Troina, aqui ninguém combina nada com ninguém... nem perguntas a fazer nem assuntos a tratar. Essa de que premeditamos as conversas que temos com jogadores e responsáveis do Varzim já não cola. Já reconhecemos 2,3,4,20 vezes que este assunto é de capital importância para o Varzim e para os varzinistas. Porque não se pode admitir que ande gente a ganhar mais do que aquilo que deve num clube de parcos recursos... repetimos: a ser verdade que tal acontece, de facto. Mas esta AG já foi... e nao vimos ninguém perguntar nada a ninguém sobre esse assunto... mas outras haverá. Alguém vai questionar? E já agora para o lavacido também: vai aproveitar a próxima AG para confirmar directamente com o presidente se Joaquim Jorge ganha 3000 € por mês e porquê?
Por nós mantemos a nossa promessa: se conseguirmos questionar o presidente sobre esse assunto antes da próxima AG, fá-lo-emos com toda a certeza. Sim. Porque, Zé Troina e lavacido, por mais que considerem que os nossos argumentos são infelizes, uma coisa para nós é clara e objectiva: isto para nós é mesmo um passatempo. Ninguém aqui quer nada do Varzim, a não ser vitórias e alegrias. Ninguém quer cargos, ninguém quer tachos, ninguém tem medo de fazer perguntas incómodas.
Um dia ainda se vão surpreender connosco.
Um abraço para os dois... e se assim for vossa vontade, continuamos a aguardar sempre os vossos comentários.
Black & White (André Rodrigues)
PoveiroDeGema (Roberto Linhares de Castro)
@ http://varzinistas.blogspot.com
Isto é fantástico...
Sabiam que esse senhor que voces dizem ganhar muito dinheiro criou uma escola de futebol os tarrotes e que ao fim de um ano vai render cerca de 6 mil contos ao Varzim?
E quando tinhamos chulos como os jogadores do Paulo Barbosa que ganhava comissoes mensais no Varzim juntamente com o 'nao' remunerado Oliveira ou o quim berto e o lemos a ganharem 3 mil e 4 mil contos, onde andava esta gente?
Sejam serios
Isso é pura mentira. Mas, mesmo que fosse verdade, é só fazer as contas, 14 meses a ganhar 700 cts., dá 9800 contos, lá se iam os 6000 mil contos.
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