A vitória da confiança... e da união

Contra 'Velhos do Restelo', falsos moralistas e coveiros, a Assembleia Geral do Varzim aprovou por maioria a proposta da Direcção com vista à concretização do projecto imobiliário 'Varzim Estádio'.

A resolução passou com seis votos contra e 20 abstenções num universo de 335 associados.

A sessão de trabalhos foi bastante mais cordial do que a do passado dia 8... em que o que mais se fez foi lavagem de roupa suja... e destilamento de ódios pessoais sobre um passado do qual o Varzim não pode nem deve orgulhar-se.

Mas como no melhor pano cai a nódoa, fica-nos na memória a intervenção do associado Bonfim Milhazes que, no calor da divergência manifestada por alguns consócios em relação aos seus argumentos, teve uma saída no mínimo infeliz: usar o vernáculo para fazer valer um ponto de vista ou o direito de fazer uso da palavra é triste e muito pouco edificante... indigno do Varzim.

Um pouco mais de nível não fazia mal nenhum, pois não? Pois. Também nós achamos que não.

Ao contrário deste mau exemplo, Vasco Graça Oliveira manteve a sua imagem de marca: um associado sénior com uma capacidade interventiva notável: registamos as declarações finais deste nosso consócio que pretendia impugnar a Assembleia Geral por temer que os órgãos tutelares da reunião magna alvi-negra não garantissem que os aditamentos à proposta da Direcção avançados por João Mariz (e secundados por Miguel Sousa Neves) fossem integralmente interpretados e incluídos na acta. Os dois sócios, ambos membros da anterior direcção, sugeriram que o pagamento adiantado pela Dico Dulimar (2.500.000 €uros) se destinasse à liquidação do passivo do clube. E ainda de acordo com essa proposta, caso o negócio (por qualquer motivo) não se concretize, o Varzim apenas se verá obrigado a devolver a mesma quantia sem demais penalizações. Uma excelente proposta que o PRETO NO BRANCO aproveita para saudar sem reservas. Já quanto às desconfianças de Graça Oliveira, resta-nos dizer isto: excesso de zelo, desconfiança a mais... dizemos nós... mas as opiniões são assim mesmo: cada um tem a sua, mais ou menos veementes, mais ou menos radicais... mas quando são dadas com o mínimo de elevação... nada a apontar.

E há uma coisa que Graça Oliveira diz e que está certíssima: podemos concordar ou não com os termos da proposta da Direcção, podemos ter votado a favor ou contra... mas temos que estar sempre atentos. Ora disso, não haja dúvidas. Cheques em branco? Não. Prudência? Sempre.

E quem mais se não os próprios sócios do Varzim a terem o direito de fiscalizar os actos da Direcção?

Também Macedo Vieira, presidente da Câmara, assumiu um papel preponderante dizendo que esta solução é a que melhor serve os interesses futuros do Varzim.

Em suma, venceu a unidade sobre a discórdia... a confiança sobre o medo de dar o passo em frente.

Quem está parado fica velho... morre lentamente... e hoje os varzinistas perceberam e demonstraram porquê que não querem isso para o seu clube.

O clube tem futuro... assim o queiram os poveiros e varzinistas.