segunda-feira, outubro 30, 2006

O dia seguinte

in O Jogo

Olivais e Moscavide continua a surpreender

Líder derrubado

Calculismo e realismo dos lisboetas prevaleceu


R.M.G.


O pragmatismo e eficácia que caracterizam o futebol praticado pelo Varzim caiu ontem por terra frente a um Olivais e Moscavide que teima em figurar entre os primeiros lugares da Liga de Honra. O equilíbrio inicial do desafio, no qual as duas equipas apresentaram como matriz táctica o 4-3-3, começou a ser desfeito a partir dos 15’.

A formação orientada por Rui Dias – graças a um ‘pressing’ constante sobre os elementos mais recuados da formação poveira – anulou o jogo directo preconizado por Horácio Gonçalves, que não teve arte nem engenho para apresentar soluções que possibilitassem transições rápidas para a zona ofensiva, daí que perigo junto da baliza de Nené só tenha surgido a espaços e através de lances de bola parada. Assim, o Olivais e Moscavide, mais coeso e rápido na luta pela segunda bola, conseguiu com naturalidade explanar o seu futebol e alcançar a vantagem.

O jogo mudou após o descanso. Horácio Gonçalves abre a frente de ataque e a sua equipa surge mais acutilante e perigosa, desperdiçando duas ocasiões soberanas para marcar. Porém, como reza a história... quem não marca sofre. E assim aconteceu... O mote para o massacre, que acabou por se registar, estava dado. A entrada de mais dois homens para o ataque poveiro dá frutos e o Varzim reduz. Rui Dias estanca a hemorragia numérica e coloca mais unidades na defensiva. O 5-2-3 dos lisboetas revelou-se, então, eficaz e o Varzim acabou por provar o seu próprio veneno... pragmático.

OS TÉCNICOS

Rui Dias satisfeito

"Tivemos o jogo controlado"

Rui Dias salientou que a sua equipa teve sempre o jogo controlado e que a vitória foi justa. "Os nossos objectivos são diferentes do Varzim. Conseguimos controlar o jogo directo do Varzim bloqueando as transições rápidas do adversário. Na segunda parte baixámos as linhas defensivas, mas mesmo privilegiando o contra-ataque controlámos o desafio", referiu.

VITÓRIA

"Conseguimos controlar o jogo directo do Varzim e bloqueando as transições rápidas do adversário"

Horácio Gonçalves desiludido

"Não merecíamos perder"

O técnico poveiro, Horácio Gonçalves, ficou desolado com o resultado final do encontro. "O Olivais e Moscavide marcou num lance de bola parada e num contra-ataque, de resto não criou muito perigo. Foi uma grande injustiça, não merecíamos perder. Tivemos um caudal ofensivo elevado e deveríamos ter conseguido pelo menos o empate. Fizemos um ‘forcing’ final na segunda parte mas não foi suficiente", frisou.

FRUSTRAÇÃO

"Foi uma grande injustiça, não merecíamos perder. Tivemos um caudal ofensivo elevado na segunda parte"


in Record

OL. Moscavide - Varzim 2-1; Amealhar e gerir


Locais retiram liderança aos forasteiros


O Olivais e Moscavide somou o seu quinto jogo consecutivo sem perder, derrotando o anterior líder da Liga de Honra, o Varzim, que assim sofreu os primeiros golos na condição de visitante. A turma poveira entrou mal no jogo e apenas na segunda parte conseguiu lutar verdadeiramente pela vitória.

Todavia, do outro lado esteve uma equipa que soube amealhar primeiro e gerir a vantagem depois, acabando por ter mérito na forma como conquistou os 3 pontos.

Na primeira parte, o Olivais e Moscavide foi a melhor equipa, controlando bem as iniciativas contrárias e partindo em velocidade para o ataque, sendo a única formação a criar oportunidades de golo. Como tal, justificou plenamente a vantagem que detinha ao intervalo, consubstanciada num tento apontado por Falardo.

Na segunda parte, os forasteiros entraram com vontade de dar a volta ao resultado mas foram surpreendidos pelo segundo golo dos locais. O técnico do Varzim, Horácio Gonçalves, apostou no ataque, colocando dois avançados, mas o melhor que conseguiu foi reduzir a desvantagem.

Autor: NUNO COSTA

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