Taça da Liga - 2.ª eliminatória
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A melhor cura para o banho de bola que levámos este domingo é ganhar já no arranque do campeonato em Portimão. Perdida a oportunidade de seguir em frente na Carlsberg Cup, o camponato é a nossa 'guerra'.
Quando regressava a casa, depois de ter visto a triste imagem que deixámos em campo, vinha atento às considerações finais sobre o encontro numa rádio local e o comentador disse uma coisa que me confortou: 'Alguém vai ter que pagar por isto. Este Varzim de orgulho ferido vai mostrar serviço o quanto antes'!
É de depreender, como espero, que o Varzim se vá mostrar de cara lavada frente ao Portimonense. É o que nós, adeptos, pedimos! É um compromisso que os jogadores têm de assumir perante nós!
E esta semana vai ser decisiva. Diamantino Miranda vai ter que trabalhar bem o lado psicológico dos jogadores depois de tão pesada derrota.
Não vale a pena chorar sobre o leite derramado, mas vale a pena pensar no que correu mal frente ao Leixões. Mais parecia que o Varzim tinha desaprendido de jogar futebol.
Onde estava a equipa que deu 3-0 a este mesmo Leixões no jogo de apresentação aos sócios? E que é feito da equipa que, depois de estar a perder 1-0 em Vizela, fez uma segunda parte à campeão e selou com três golos a passagem a esta ronda da Taça da Liga?
Perguntas que não encontram resposta e que adensam a perplexidade com que eu e muitos varzinistas saíram do estádio.
O Varzim foi uma equipa que nunca criou perigo iminente para as redes leixonenses.
Foi uma equipa sem rumo nem liderança, muito periclitante à defesa, muito inoperante no ataque. E nem vale a pena nomear quem jogou melhor ou pior no colectivo alvi-negro.
Porque quando se perde por 0-4, é sinal que todos sem excepção têm responsabilidades. Jogadores e treinador!
A equipa de Matosinhos foi superior em toda a linha, mostrou porquê que merece o lugar entre os maiores do futebol. Mas não recebeu do Varzim a resposta de um adversário à altura de enfrentar a superioridade leixonense.
E nem vale a pena dizer que a arbitragem teve influência no resultado. Mesmo admitindo que Paulo Baptista possa não ter ajuizado bem o lance do primeiro golo do Leixões, ao não assinalar fora de jogo... ou mesmo não sancionando uma grande penalidade aos 44 minutos, quando Chico parece ser derrubado por Elvis dentro da grande área... ou não tendo dúvidas ao apontar para a marca dos 11 metros por alegada mão na bola de Nuno Gomes.
Mesmo considerando essas variáveis, quer-me parecer que a arbitragem não explica tudo. Uns poderão dizer que são erros a mais e todos em prejuízo do Varzim. Eu prefiro considerar e acreditar que isso são contigências próprias de uma partida de futebol.
Levámos quatro do Leixões. Fomos eliminados da Taça da Liga.
Não é nenhum drama, nem vem nenhum mal ao mundo.
Mas, pelo menos, que não se repita uma exibição destas.
Porque até podemos admitir perder... mas nunca humilhados desta forma.
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1 comentário:
O Varzim tem um belo naipe de jogadores. Acontece que o futebol é feito de instantes decisivos e ter sofrido dois golos num espaço de três minutos logo no começo da partida condicionou imediatamente o jogo e a prestação do Varzim. A equipa nunca mais foi capaz de contrariar um Leixões experiente, maduro, e acabou por deixar uma pálida imagem daquilo que é verdadeiramente capaz. Nem o Varzim é assim tão mau para levar 4, como o Leixões não é assim tão bom para chegar à Póvoa e dar chocolate, como o resultado pode indicar. O que falhou no Varzim foi concentração no começo da partida. O jogo começa mal soa o apito do árbitro. Para uma equipa ser candidata a algo tem de ter uma boa estrutura mental. Não basta ser bom de pés. É preciso estofo e elevado nível de concentração. Saudações desportivas
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