sexta-feira, agosto 31, 2007

Cooperação

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A partir de agora, e sempre que possível, publicaremos em fascículos as entrevistas fundamentais de cada número do jornal O VARZIM.
Uma colaboração conjunta que arranca agora mesmo, depois da edição número 101 ter saído para as bancas no passado fim de semana.
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Com isto pretendemos não só dar uma maior longevidade e visibilidade aos principais assuntos de cada edição, mas também dar a oportunidade a todos os varzinistas de comentarem os textos.
Aproveitando a aproximação a mais uma jornada, e logo com uma difícil deslocação a Barcelos, recuperamos hoje a entrevista que o técnico Diamantino Miranda deu a João Ricardo Reina.
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Diamantino Miranda não promete a subida mas um Varzim ambicioso de vitórias
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“Ajudem-nos a concretizar o sonho”
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11 de Maio de 2008 é uma data que poderá trazer muitas alegrias aos adeptos varzinistas. Nessa altura vai saber-se quem sobe à 1.ª Liga e a Direcção do clube já afirmou que esse é o objectivo para esta temporada. O treinador não o promete mas garante que a ambição de jogadores e equipa técnica também é essa.
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Diamantino Miranda é um treinador confiante no início de mais uma edição da Liga de Honra. Um campeonato no qual o Varzim quer fazer um bom arranque, “com a equipa a dar continuidade ao que fez de bom no último terço do campeonato transacto”, garante o timoneiro da lancha alvi-negra.
O técnico não promete a subida mas “uma equipa com a responsabilidade de representar bem o Varzim, apresentando-se de forma digna e com vontade de vencer todos os jogos, em casa ou fora. Não vou afirmar que vamos ser campeões, mas sim que o Varzim tem plantel para fazer um campeonato tranquilo, na primeira metade da tabela, e para mais qualquer coisa. A goleada em Portimão mostra que temos potencial.”
O facto de não prometer o regresso à Liga principal não tira a Diamantino Miranda a ambição das vitórias e da luta pelos lugares cimeiros. "Já afirmei várias vezes que esse é o nosso desejo. Sabemos que há equipas bem mais estruturadas e com outras condições financeiras, mas a nossa ambição permite pensar que é possível lutar pela subida. Quero um Varzim ganhador e é com esse espírito que a equipa treina todos os dias e vai jogar todos os domingos.”
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Historicamente candidato à subida de divisão
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O desejo está aí mas há outras equipas com o mesmo em mente. “Este Campeonato vai ser, mais uma vez, muito competitivo e igual aos últimos. Nada se decidirá no início, apenas nas últimas jornadas. Se nessa altura estivermos lá em cima, o Varzim terá uma palavra a dizer, até porque historicamente será sempre um candidato à subida de divisão”, sublinha o treinador, deixando já o aviso: ”para o Varzim aspirar à subida, o Campeonato tem de correr super-bem”.
É para uma Liga de Honra complicada, na qual muitos clubes têm aspirações de subida, que Diamantino Miranda está a preparar a equipa. “Penso que o Beira-Mar está melhor apetrechado, pois manteve muitos jogadores da época passada. Depois há um lote de três equipas que se reforçaram bastante para lutar pela subida. As restantes formações são todas ‘outsiders’ à procura da surpresa”, diz, numa altura em que uma jornada já foi ultrapassada com três pontos no bolso. “Faltam outras 29 que vamos tentar ultrapassar com muita ambição. O jogo de Portimão mostrou o Varzim que desejo, sem cometer erros e a dominar desde o início. Aquele Varzim que esteve em Vizela (Taça da Liga) e em todos os jogos de uma pré-época” que, na opinião do treinador, “correu super-bem”.
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A contribuir para o bom momento da equipa está, sem dúvida, o plantel ao dispor de Diamantino Miranda. “A equipa mantém a estrutura base da época passada, reforçada com alguns jovens jogadores. É o plantel possível, porque todos sabemos que o Varzim não nada em dinheiro. Tem alguns problemas e não é altura para ser um clube gastador”.
Quem viu os últimos jogos do Varzim não deixou de reparar que as primeiras opções que saltam do banco têm sido Malafaia, Ukra e Candeias. Diamantino Miranda concorda que “vieram dar outras soluções que a equipa não tinha no passado”, mas lembra que dois deles são ex-juniores que têm ainda muito para competir. “A Liga de Honra tem exigências para as quais eles não estão preparados. Só com jogos e tempo irão ganhar essa experiência para que no futuro, que não espero muito longo, se tornem opções válidas, se calhar até como titulares”.

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Tácticas e ambições de uma longa caminhada


A jogar, e bem, tem estado a equipa na táctica do 4-4-2. "Enquanto der resultado, vamos jogar assim. Nos 18 jogos oficiais que levo como treinador do Varzim, sofremos apenas quatro derrotas. A estatística permite-me pensar que devemos seguir esse caminho e aperfeiçoá-lo se possível. Agora, não ponho de parte a hipótese de um dia vir a jogar noutro sistema”, explica Diamantino.
Já esquecida, e a goleada de Portimão confirmou-o, está a eliminação precoce da Taça da Liga. Ainda assim uma participação positiva no entender do treinador: “ Tivemos um jogo muito difícil em Vizela e ganhamo-lo bem. Depois aconteceu uma derrota normal num jogo em casa com uma equipa de escalão superior. Anormal foi o volume do resultado e também a exibição. Não estávamos à espera de perder por esses números. Ninguém ficou contente pois esperávamos até ganhar”, defende.

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Sem Taça da Liga mas com os olhos postos nos lugares cimeiros da Liga de Honra, Diamantino Miranda promete que “a Direcção, equipa técnica e jogadores tudo farão para que o sonho da subida seja uma realidade”. Um objectivo à distância de 29 jogos que começou bem com a goleada em Portimão, onde estiveram alguns adeptos alvi-negros. Daí o apelo: “A vida não está fácil, mas peço aos sócios que apoiem sempre a equipa, nomeadamente fora de casa, porque os jogadores transcendem-se quando apoiados. Façam um esforço para acompanhar o Varzim nos bons e, principalmente, nos maus momentos”.
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Plantel encerrado com Yazalde e Neto à espera de oportunidades
A poucos dias do fecho das inscrições, o treinador dá o plantel como encerrado. “A saída de alguém agora alarmar-me-ia mas não penso que esteja em cima da mesa esse cenário”, conta, embora não deixe de referir que Yazalde e Neto deveriam sair para rodar: “Aqui estão em pé de igualdade com todos mas têm que evoluir para se tornarem competitivos. Conto com eles mas vão ser escassas as oportunidades para jogar”.

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