segunda-feira, janeiro 07, 2008

Defesa borrou a escrita

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Liga Vitalis - 15.ª jornada
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Aquela que poderia ter sido uma das mais bem conseguidas exibições do Varzim esta época, acabou por ser uma prestação quase perfeita.
É certo que a turma poveira mostrou garra, lutou, atacou - e de que maneira - mas teve (a mais das vezes) pouca sorte na concretização e deu baldas imperdoáveis na defesa e na baliza. A começar pelo primeiro golo do Gondomar: Varzim com o adversário no arame, a fazer crer que o golo surgiria a qualquer momento. Até que em contra-ataque, os visitantes sobem pelo corredor esquerdo da defensiva poveira, Telmo está fora do sítio, o cruzamento surge, Bruno Conceição despacha para a frente para um dianteiro gondomarense que só teve que encostar para fazer a festa.Um golo injusto e contra a corrente do jogo. O Varzim acusou o toque... a precisar de pontos como de pão para a boca para se colar aos lugares da frente, os poveiros reagiram ao golo do Gondomar com ansiedade.
Da defesa ao ataque, foi uma equipa sem fio de jogo, a errar passes, desnorteada. Só uma cabeçada de Chico à barra da baliza do intransponível António Filipe é que deu o sinal de vida do Varzim dentro das quatro linhas. Podia ter sido o tão merecido tento da igualdade mas não foi. E o Gondomar lá deu continuidade ao seu jogo pleno de eficácia.
Atacou pela certa e aproveitou as fragilidades visíveis da equipa varzinista. Assim surge o 0-2 com mais naturalidade do que o tento inaugural e foi esse o resultado ao intervalo.

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Claramente a equipa varzinista ofereceu 45 minutos de avanço ao Gondomar que entrou no segundo tempo com comboio, autocarro, TIR à frente da baliza.
E teve em António Filipe um garante decisivo para a vitória. Tenho na memória pelo menos três situações em que a defesa era aparentemente impossível... pois ele foi mesmo lá buscá-las!!
Mas água mole em pedra dura, tanto bate até que fura e as limitações do Gondomar (fundamentalmente as tecnico-tácticas) vieram ao de cima e quando não se sabe fazer melhor, 'bota ferrolho'!
Do lado do Varzim a coisa tinha mesmo que mudar: Candeias entrou para o lugar de Nuno Ribeiro e a diferença foi como que da noite para o dia. Estou mesmo em crer que deveria ter sido titular juntamente com Ukra.
Provavelmente o ataque varzinista teria sido muito mais produtivo.
Seja como for, o #11 deu muito mais acutilância e foi decisivo para a (quase) reviravolta: marcou o 1-2 que acordou a equipa e fez o lado esquerdo da defesa do Gondomar em fanicos.
É de resto por esse lado que a turma de Nicolau Vaqueiro cede o canto que dá origem ao golo do empate: Malafaia bate teleguiado para a cabeça de Roberto que levantou o estádio de alegria e esperança para o tão merecido triunfo.
Foi a transfiguração... Rui Dias meteu tudo na frente mas esqueceu-se que a fragilidade maior da equipa estava lá atrás. Feliciano explorou bem esse factor e, fazendo uso da sua velocidade estonteante, 'papou' Telmo e bateu certeiro perante um Bruno Conceição sem hipóteses para defender. 2-3 a poucos minutos do fim. Um balde de água gelada para o público que acreditou e que tanto merecia a vitória. O Varzim não jogou mal mas podia ter feito muito melhor. Frente a uma equipa reconhecidamente mais limitada do que a nossa, que jogou eficazmente no erro do adversário, preocupa-me a ideia de que não fizemos melhor do que eles quando era essa a nossa obrigação.
Creio também que este desaire se deve ao facto de não ter havido por parte de Rui Dias uma reacção mais pronta ao que aconteceu durante o primeiro tempo. Mas atribuo isso ao facto dele ainda não conhecer bem a equipa. Os próximos jogos dirão o que o novo treinador pode fazer com este plantel.
Os adeptos, esses, vão (des)esperando por uma vitória.
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Foto: JN
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2 comentários:

Anónimo disse...

Dediquem-se aos jogos a brincar, como a liga intercalar...
Ainda ides desçer á 2B.

Anónimo disse...

Pelos vistos os jogos a brincar vão dando azia a certa gente...