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16.ª jornada - Domingo, 1 Fevereiro, 2009
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Não concordo que não houvesse condições mínimas para que o encontro desta tarde se realizasse.
A tese foi levantada por Vítor Pontes na sala de imprensa depois do jogo que ditou a derrota do 'seu' Portimonense.
É verdade que as condições não eram as melhores para ambas as equipas, mas outros jogos houve e que se realizaram no nosso estádio em condições semelhantes.
Nunca vi qualquer treinador levantar a questão. Afinal, o futebol é um jogo de Inverno, sujeito portanto às adversidades normais da época.
Não quero chamar desonesto a Vítor Pontes, mas estou em crer que se o resultado tivesse sido favorável aos algarvios o assunto nem sequer viria à baila.
Mas continuo a ter a melhor impressão do treinador do Portimonense.
É um homem que não gosta de polémicas, que é discreto e acertado nas suas análises.
E nem quero aqui levantar a hipótese do técnico algarvio se estar eventualmente a desculpar do insucesso da sua equipa devido ao manifesto mau estado do terreno.
A verdade é que, justamente devido a esse factor, não houve estratégia que resistisse e o encontro podia ter caído para qualquer dos lados.
Teve o Varzim a estrelinha da sorte para regressar aos triunfos e assim arrecadar três importantes pontos que já fugiam desde a última vitória em casa frente ao Santa Clara, em finais de Novembro passado.
E teve Miran (qual efeito Mantorras) o dom de saltar do banco para imediatamente resolver.
O ponta de lança brasileiro, nem sempre feliz ao longo do campeonato, aproveitou da melhor maneira a rodagem que a Liga Intercalar lhe tem dado e marcou finalmente o golo que pode ter feito Rui Dias ganhar um jogador para o que resta da época.
Apesar das condições adversas do terreno, Miran foi mais possante, mais audaz do que noutras ocasiões, mais confiante na disputa dos lances.
Foi isso que lhe permitiu ter discernimento para, cara a cara com Alê, disparar cruzado... forte, rente à relva... e certeiro.
Desempatou um jogo que podia bem ter terminado com uma divisão pontual.
Não seria injusto... e aí tenho de concordar com Vítor Pontes. O empate não seria de contestar.
Mas quis a sorte do Varzim que Miran estivesse de pontaria afinada num lance de perigo que, entre tantos outros fortuitos, foi de certa forma a amostra de um ligeiro ascendente da equipa.
O brasileiro resolveu e cumpriu a sua missão.
Fez o que se pede a um ponta de lança.
Nota igualmente muito positiva para o lateral direito Caetano. Faz lembrar Pedrinho em alguns pormenores: tem um porte e uma fisionomia muito semelhantes, enverga a camisa 18, é rápido e joga na raça. Se é assim em terrenos pesados, imagino o quanto pode render num relvado mais solto. Não desfazendo do habitual Tiago Lopes, Caetano é um jogador a ter em conta.
Quanto ao resto, pouco a acrescentar... jogo em terreno pesado que obrigou a um esforço acrescido dos jogadores, movimentações das equipas condicionadas aos atritos do esférico nas poças de água, alguma agressividade para lá dos limites - o que valeu a Ricardo Pessoa uma expulsão por agressão a Marco Matias (foi o quarto árbitro que viu... Luís Reforço acompanhava o jogo noutro ponto do terreno)... em suma, ausência de espectáculo.
Valeu apenas pelo resultado positivo e pelo pequeno salto na tabela.
O Varzim é oitavo com 22 pontos (a seis da zona de subida) e desloca-se na próxima semana ao Estádio do Bessa.
Que a segunda volta traga finalmente a vitória fora de casa e a confiança que nos permita reentrar na luta pelos objectivos que traçámos no início da época.
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