
Motivos profissionais impediram-me de ir a Barcelos, o que até nem foi mau de todo porque, ao ser obrigado a ver o jogo pela televisão, percebi que a imagem que a imprensa desportiva nacional tem de nós - pelo menos os narradores da SportTV - é a de que, afinal, o Varzim não é nenhum pobre coitado, lá porque enfrenta sérias dificuldades financeiras e uma gravíssima instabilidade no seio do grupo de trabalho.
No auge dessas mesmas limitações, vale a pena dizer que, num jogo em que enfrentámos um dos líderes do campeonato, os nossos jogadores foram uns profissionais de mão cheia e vulgarizaram o Portimonense, que se mostrou incapaz de criar perigo para a baliza poveira. De resto, Marafona terminou o jogo sem fazer uma defesa digna desse nome.
O destaque evidente vai para as exibições de Nelsinho (para mim, o melhor do Varzim em campo), Saldanha, Tito e Moreira.
Pena foi que este último tivesse falhado tantos golos que estiveram tão perto de desfazer o nulo... e que Alê estivesse numa tarde, eu diria, divinamente inspirada! O resultado final é uma tremenda injustiça: o Varzim merecia uma sorte muito melhor porque dominou em todos os parâmetros de análise da partida (muitos mais ataques, remates e posse de bola).
Fiquei muito bem impressionado com a nossa prestação e tenho esperança de que possamos alcançar a nossa tranquilidade o quanto antes.
Litos fez uma análise correctíssima do jogo e reconheceu que o seu Portimonense jogou mal diante de um Varzim heróico, que ao longo dos 90 minutos da partida fez esquecer uma semana negra, com os jogadores a levantarem o pré-aviso greve mesmo na véspera da partida.
Apesar de toda essa turbulência, a dignidade, a galhardia, o espírito de sacrifício dos nossos bravos traduziram-se numa inquestionável superioridade.
Mas faltaram os golos... já é um hábito! E isso retira substância e, até, um pouco de alegria a este post.
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Eduardo Esteves sabe que essa é uma falha capital nesta equipa. Não é por acaso que à 14.ª jornada temos o pior ataque, com apenas nove golos marcados.
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Eduardo Esteves sabe que essa é uma falha capital nesta equipa. Não é por acaso que à 14.ª jornada temos o pior ataque, com apenas nove golos marcados.
Tivéssemos os cofres mais folgados e um bom ponta de lança seria uma boa prenda no sapatinho. À falta de dinheiro, há que investir na prata da casa. Qualidade não falta. Tem é que ser bem trabalhada.
O Varzim segue para as mini-férias natalícias com problemas sérios por resolver dentro, mas sobretudo fora das quatro linhas.
Efectuou o seu último encontro para o campeonato antes das eleições de 9 de Janeiro e, pelo futebol que praticou, deu mostras de que a confiança que o futuro inspira pode ser, afinal, tudo aquilo que falta para que o futuro do Varzim seja mais tranquilo. Para todos: jogadores e adeptos!
Por isso, agora, resta-me desejar a todos um Bom Natal e uma entrada num 2010 de renovada esperança.
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