-
FINAL
-
-----2--x--1-----
(após prolongamento)
-
-
Em quatro dias, o Varzim conquistou duas vitórias absolutamente decisivas para a autoestima da equipa.
Depois do triunfo da tranquilidade no campeonato conseguida em Vila do Conde, os poveiros sagraram-se frente ao Braga os primeiros campeões da Liga Intercalar.
O caminho até à glória foi no entanto bastante sofrido: foram 120 minutos intensos de excelente futebol, muito competitivo de parte a parte.
A partida começou numa toada de equilíbrio, com ataques e contra-ataques sucessivos e com as melhores oportunidade sempre a surgirem para os poveiros.
Ukra e Yazalde foram as unidades mais irrequietas na manobra atacante dos varzinistas.
O meio campo voltou a ser um sector decisivo com Tito - cada vez mais o patrão - a arrecadar uma vez mais o título de melhor jogador em campo.
Do lado contrário, os bracarenses respondiam com velocidade pelas alas e foi precisamente num desses lances que, ainda durante a primeira parte nasceu o primeiro golo da partida: César Peixoto sofre falta de Neto no enfiamento da grande área.
O próprio #10 bracarense cobrou o castigo para os pés de João Tomás que, aproveitando a apatia dos centrais alvi-negros, disparou de primeira a matar.
O golo do Braga, apontado a cerca de 10 minutos do intervalo, retirou alguma capacidade de resposta ao Varzim, pelo que o resultado do intervalo se justificava.
-
Classe e mérito na segunda parte
-
A etapa complementar trouxe um Varzim disposto a desfazer a desvantagem no marcador.
Rui Dias introduziu, de uma só vez, Telmo, Malafaia e Emanuel e a diferença viu-se logo.
Os poveiros passaram a atacar muito mais que o Braga, tiveram muito mais posse de bola e fizeram muitos mais remates.
-
-
Nessa sequência, surge o lance que dá origem ao golo do empate: uma boa combinação que culmina com um primeiro remate de Yazalde defendido pelo guardião bracarense e com uma recarga que é intencionalmente afastada por Sidibé com a mão dentro da grande área. Penalty bem assinalado e expulsão directa do defesa arsenalista.
Malafaia, chamado a converter, não perdoou e repôs a justiça no resultado.
Mas foi com o retoque final na frente de ataque que os poveiros iniciaram a arrancada final para a vitória. Candeias, endiabrado como de costume - apesar de em alguns momentos ter acusado um certo cansaço - foi um verdadeiro terrorista para os laterais bracarenses.
Por oposição, Tássio - que substituiu a jovem promessa Yazalde - deixou muito a desejar. O avançado brasileiro é muito pouco interventivo no jogo, apesar da altura que tem, denota uma imensa dificuldade em ganhar lances de cabeça, não incomoda minimamente os centrais... e no único lance em que teve oportunidade para matar o jogo atirou para onde estava virado... por azar, não foi a baliza.
O tempo regulamentar chegou ao fim com um empate a uma bola e tudo se decidiu na última meia hora.
-
Candeias iluminou... no fim
-
Foi tudo rápido demais, 15 minutos por parte dá para muito pouco e o cansaço dos jogadores começa a ser evidente.
Candeias foi, sem dúvida (nesta fase do jogo), o homem mais fresco em campo. Ganhou um novo fôlego e foi o jogador que mais procurou desequilibrar o resultado a favor dos poveiros.
Tanto insistiu que foi premiado com o merecido golo numa iniciativa individual, mesmo em cima do fecho do tempo extra: aguentou as pressões dos defesas bracarenses, ultrapassou a oposição do guarda-redes e quase em desequilíbrio atirou para a baliza deserta.
A festa tomou conta por completo do topo sul do estádio do Trofense.
A uma só voz, cerca de 1000 adeptos poveiros cantaram e deram largas à alegria!
-
-CAMPEÕES, CAMPEÕES, NÓS SOMOS CAMPEÕES!
E COM TODO O MÉRITO, TROUXEMOS O CANECO PARA A PÓVOA!
OBRIGADO RAPAZES!
-
Foto: JN
-