-Liga Vitalis - 23.ª jornada
-
---2--x--1--- 
-
Havia ontem, entre muitas outras, uma razão de peso para querermos ganhar ao Olhanense: Diamantino Miranda.
Não pelo que ele representa, individualmente considerado, mas por tudo o que ele foi e fez para sujar o nome do Varzim depois de ter abandonado o comando técnico a meio do campeonato.
Ontem na conferencia de imprensa o ex-técnico varzinista, falou do que diz ser a 'psicose' do Varzim, quando confrontado com o facto da equipa ter sofrido golos cedo nos últimos cinco jogos.
Desempenhando o seu papel de treinador profundamente satisfeito, Diamantino admitiu que à conta «dessa espécie de psicose» (...) a aposta passou por resolver a questão depressa».
Não é nada de escabroso, comparando com outras tiradas mais reveladoras do fraco carácter da pessoa em apreço. Mas creio que, apesar de não ser totalmente mentira, merece uma resposta: aquilo a que Diamantino chama de psicose começou ainda no seu tempo aqui na Póvoa.
E o quê que ele fez para resolver esse problema? NADA!
Mas melhor do que eu, os exemplos ilustram melhor o que era a 'psicose' no consulado de Diamantino: Feirense, 3 x Varzim, 0 (dois golos sofridos em menos de meia hora); Trofense, 1 x Varzim, 0 (golo marcado antes da meia hora); Aves, 2 x Varzim, 1 (dois golos de Leandro Tatu aos 13 e 25 minutos).
Só posso concluir que entre todos os defeitos inomináveis que tem, Diamantino Miranda tem mais um que está perfeitamente identificado: memória curta!
Mas abandonemos a análise de carácter de quem não merecerá nesta crónica nem mais uma uma referência ou tempo de antena.
Atendendo às circunstâncias da partida, temos que admitir que a equipa foi insuficiente para os rubro-negros.
Ao jeito de dejà vu - recordo o recente Varzim x Penafiel - sofremos dois golos a frio (em 11 minutos) com responsabilidades partilhadas entre a defesa e um Bruno Vale que - não é de agora - tem demonstrado em quase todos os jogos uma assustadora insegurança entre os postes.
E tudo isto são opções que, a meu ver, deviam ser repensadas pelo técnico Rui Dias. Qual é a dificuldade de perceber que o #33 não serve? Tenho visto aqui e ali - até neste blog - varzinistas a admitirem uma possível pressão do FC Porto para que Vale jogue. É possível, mas cabe a quem comanda os destinos da equipa perceber que a luta pelos nossos objectivos não se pode compadecer com compadrios e amizades, a meu ver, questionáveis e no limite até prejudiciais para nós.
Por outro lado, louvo a escolha de Yazalde para a titularidade. Dúvidas houvesse ele dissipou-as ao marcar um golo fabuloso que, marcado aos 45 minutos, ainda alimentou a esperança do Varzim poder inverter o resultado no segundo tempo.
Foi o culminar da reacção aos dois golos sofridos cedo demais, mas que se ficou mesmo por aí.
O Varzim lutou para inverter a tendência no marcador mas faltou em vários momentos a profundidade e o acerto necessários para voltar à luta. A segunda parte é disso uma evidência: mais posse de bola mas perigo nem vê-lo.
Junte-se a isso um certo nervoso miudinho e o resultado acaba por estar certo.
-