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segunda-feira, novembro 16, 2009

Nem o gato preto nos safou

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É um número de circo tantas vezes visto em tantos estádios. A 15 minutos do fim, um gato preto irrompe numa correria desatada pelo relvado dentro. Os mais supersticiosos terão acreditado que aquele era o momento que o Varzim iria quebrar o enguiço e acelerar para o triunfo que urgia. Mas nem assim. No fim de contas, o Varzim tem muito mais razão de queixa pelo resultado do que o Aves que, apesar de não ter ganho, continua sem perder fora de casa.
A turma poveira precisava do triunfo para fugir à zona de despromoção. Assim, nada feito. Abaixo de si, o Varzim tem apenas o Carregado, com menos um ponto, e enfrenta uma difícil deslocação a Penafiel na próxima jornada. No final do encontro, o técnico do Varzim disse que o resultado não agradou. Foi só mais um entre muitos resultados desperdiçados pela turma poveira e que, pelo andar da carruagem, deixa-nos numa situação cada vez mais desesperante. E a única coisa que Eduardo Esteves diz é que não está satisfeito com os resultados e que a equipa podia fazer melhor. Mas palavras leva-as o vento, professor. É preciso um pouco mais do que isso. Menos palavras, menos lamúrias, mais vitórias e melhores exibições. Desde o início do campeonato que o Varzim se confronta com dois problemas de base: uma defesa frágil e uma linha avançada ineficaz. Até quando é que vamos ficar à espera que isto se resolva? Até ao dia em que já não for possível inverter o nosso declínio?
E depois há a falta confiança. E olhando para este Varzim x Aves, esse é um problema bem patente. De resto, atendendo a todas as condicionantes que influenciaram o jogo, cedo percebi que o Varzim dificilmente sairia vencedor. A começar pelo relvado impraticável (cujo estado se agravou com a entrada da chuva no segundo tempo), passando pela diminuta mobilização de adeptos (fruto da intempérie) e culminando numa endémica falta de confiança dos jogadores. Lelo, que na semana passada cumpriu a sua missão, ao marcar um golo na Trofa, fez ontem aquilo que parecia impossível: falhou uma grande penalidade, porque bateu fraco e ao lado... mesmo para onde estava virado. Visto o lance da bancada norte, notou-se perfeitamente pela expressão facial que o #99 nunca acreditou que aquela bola entraria.
Ora, num jogo em que o terreno encharcado facilitava as situações de perigo através de lances de bola parada, eis que o Varzim falhou a mais soberana das oportunidades.
É claro que, no resto do encontro, tanto poveiros como avenses se adaptaram o melhor possível às condições do terreno, mas nem por isso o futebol praticado deixou de ser de fraca qualidade. Ainda assim, a equipa do Varzim foi a mais inconformada (mais na primeira do que na segunda parte), lutou mais, procurou incomodar Hugo Ferreira e até conseguiu, em algumas situações, arrancar um par de defesas apertadas ao guardião avense.
Do outro lado, o Aves também não se ficou e foi durante o segundo tempo que Marafona se viu metido em trabalhos maiores, mas respondendo sempre à altura das situações.
E a história do jogo resume-se a isto. Artur Soares Dias esteve em bom plano e não deu qualquer tempo de descontos nem na primeira nem na segunda parte.
Até o árbitro quis sair do pântano sem mais demoras.
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sexta-feira, novembro 13, 2009

Em tempos difíceis... uma alegria vinha mesmo a calhar

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Sábado, 14.11.2009
Estoril x Freamunde (15h)
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Domingo, 15.11.2009
Feirense x Carregado (11.15h SportTV)
Oliveirense x Gil Vicente (15h)
Beira Mar x Trofense (15h)
Chaves x Penafiel (16h)
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Segunda-feira, 16.11.2009
Portimonense x Fátima (20.15 SportTV)
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Terça-feira, 17.11.2009
Covilhã x Santa Clara (20.15 SportTV)
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segunda-feira, fevereiro 16, 2009

A ferros...

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18.ª jornada - Domingo, 15 Fevereiro, 2009
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Um tiro certeiro de Nuno Gomes a partir da marca de grande penalidade selou o triunfo varzinista frente ao Aves. O lance que dá origem ao castigo é tudo menos pacífico.
Vinícius divide um lance com Marco Cláudio na grande área e o #10 varzinista cai.
Certo ou errado? Fica a dúvida.
O árbitro Bruno Esteves foi peremptório e o Varzim aproveitou.
Estávamos com meia hora de segunda parte e para trás ficava uma partida extremamente equilibrada entre duas formações muito próximas na tabela.
Melhor o Varzim no arranque da contenda, com mais posse de bola, mas sempre com o Aves atento às descompensações do adversário para subir em perigosos contra-ataques.
Mas nem uma nem outra equipa conseguiram quebrar o nulo... apesar das oportunidades: Marco Cláudio deixou um sério aviso aos 30 minutos, depois de um perigoso remate ao qual Rui Faria correspondeu de forma exemplar. Na resposta, que surgiu em cima do tempo de descanso, Gouveia mandou um balázio à trave da baliza poveira.
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Foi o que de melhor houve na primeira parte.
Com o intervalo, a equipa poveira decidiu agarrar o comando das operações e cedo beneficiou da expulsão de Sérgio Carvalho por acumulação de cartões amarelos.
O Varzim imprimiu mais velocidade no jogo, o que acabaria por ser decisivo na construção do resultado.
A conversão do tal penalti - que deixa dúvidas - premiou um melhor segundo tempo da turma poveira que podia (10 minutos depois) ter ampliado o score na sequência de um pontapé de canto.
Se tivesse entrado, talvez o Aves não tivesse recuperado o ânimo para correr atrás do prejuízo. Mas porque o resultado foi uma incógnita até ao fim, os homens de Henrique Nunes batalharam o quanto puderam para chegarem ao empate.
O que só não aconteceu porque Super Marafona voltou a mostrar porquê que merece a confiança de Rui Dias.
Vinícius cabeceou vigorosamente mas o guardião poveiro voou para uma defesa fantástica.
O Varzim segurou a vantagem e deu mais um salto em frente: está agora a cinco pontos do seu próximo adversário.
Nada mais nada menos que o segundo classificado Olhanense.
Diria que será um encontro entre equipas em crise... uma porque enfrenta uma série de resultados menos animadores... a outra porque se deixa afectar por uma inexplicável apatia e falta de atitude nos jogos fora de casa.
Uma coisa é certa, mais do que em qualquer outra altura, começa agora a ser decisivo conquistar triunfos fora de portas. A equipa precisa, a bem da salvaguarda das promessas feitas no início da temporada... e os sócios exigem-no, porque simplesmente têm todo o direito de o fazerem.
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domingo, janeiro 18, 2009

IntercalarTube (Aves, 0 x VARZIM, 1)

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Vídeo: Youtube (canal ligaintercalar)
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sábado, janeiro 17, 2009

Mendonça resolveu

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O Varzim é agora terceiro com seis pontos, mas integra o grupo dos líderes da fase de Primavera (juntamente com Trofense e Paços de Ferreira).
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Foto da autoria de Miguel Angelo Pereira, retirada do Blog do CD Aves

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segunda-feira, outubro 13, 2008

Um resumo e pêras...

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Imagens: Youtube (canal ligaintercalar)
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quarta-feira, outubro 08, 2008

Defesa do título arranca 'com o pé esquerdo'

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Fase de Inverno - 1.ª jornada
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Perdulários... foi assim que estiveram esta tarde os campeões em título da Liga Intercalar na tarde que marcou o regresso da prova ao calendário competitivo.
Na recepção ao Aves, foi mais feliz a equipa forasteira que ao aproveitar uma falha defensiva do Varzim colocou-se em vantagem no marcador aos 35 minutos da primeira parte por Romeu Torres.
O resto da partida só deu Varzim mas golos nem vê-los: Mendonça (pouco antes do tento forasteiro num livre bem apontado... mas que o guardião avense defendeu), Marco Matias, Yazalde ou mesmo Alexandre (que jogou boa parte do segundo tempo na linha da frente) desperdiçaram oportunidades flagrantes para dar a volta ao texto.
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Fica o registo de uma reentrada quase brilhante na segunda edição da Liga Intercalar... só faltaram mesmo os golos que - diga-se em abono da verdade - os poveiros mereciam inteiramente.
A Intercalar segue de hoje a uma semana com o Varzim a deslocar-se ao Marcolino de Castro para defrontar o Feirense, um dos estreantes da edição 2008-2009.
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segunda-feira, setembro 22, 2008

Podia ter caído para qualquer lado

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Liga Vitalis - 3.ª jornada
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No jogo que marcou o regresso de Mendonça aos relvados com a camisola do Varzim, não se pode dizer que o resultado conseguido na Vila das Aves seja um mau resultado.
Por duas ordens de razão: primeiro, porque foi um empate na casa do líder... por outro lado, porque foi um empate na casa do líder num jogo bastante competitivo, onde a equipa avense sempre se mostrou pronta a reagir com perigo às incursões adversárias.
Do outro lado, esteve um Varzim à altura para responder à pressão dos da casa, e que nunca se mostrou acanhado para lutar pelo triunfo.
Todavia, começou melhor a turma avense. De resto, os primeiros 10 minutos pertenceram por completo à turma da casa. Nesse período, os poveiros viram-se em situação de aperto por duas vezes... uma delas protagonizada por Rui Miguel, um velho conhecido que já envergou a camisola alvi-negra.
Depois do arranque a todo o gás, o Aves deu folga ao forasteiros para reagirem: perto dos 25 minutos, Yazalde não marcou por pouco na sequência de um livre apontado por Malafaia que pedia um cabeceamento mais forte.
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Mas novamente, a equipa da casa voltou a não deixar os créditos de anfitrião e líder por mãos alheias: à passagem da meia hora, Sami - um dos jogadores do momento na turma avense - rematou com perigo ao lado e poucos. Minutos depois, seria Romeu Ribeiro a criar apuros maiores à baliza varzinista com a melhor oportunidade de golo do Aves no primeiro tempo. Assim se chegou ao intervalo... com sinal mais do Aves perante um Varzim bem organizado e à
espreita do golo que contrariasse o ascendente dos da casa.


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Ora, a segunda parte não foi diferente disto: a equipa avense foi sempre muito mais ameaçadora - com Sami em evidência - e o Varzim (com Miran por duas vezes e Marco Cláudio com um cabeceamento ao lado) tentou surpreender os líderes da Liga Vitalis com o golo que permitisse desfazer o nulo.
Isso não chegou a acontecer.
O empate a zero manteve-se até ao fim... com justiça, embora o triunfo assentasse bem a qualquer uma das equipas.
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Fotos amigavelmente sacadas do Blog do Desportivo das Aves
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segunda-feira, fevereiro 25, 2008

baixos & ALTOS... e agora?

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Liga Vitalis - 20.ª jornada
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A cada jornada, um ponto de situação... a verdade é que a competitividade deste campeonato e a imprevisibilidade dos resultados pode trazer ainda algumas voltas inesperadas na classificação.

Ao longo da semana entre o jogo de Vizela e o embate deste fim de semana, muitos foram os comentários que iam no sentido de que se o Varzim vencesse estaria de novo na luta pelos dois primeiros lugares. E se é certo que os pontos que já se perderam - e que eram fundamentais - não se recuperam... e bem falta estão a fazer... pelo menos para já... também não é menos verdade que de cada vez que os triunfamos os resultados dos nossos adversários também não nos são de todo desfavoráveis.

E quando ainda tanto falta para jogar, estamos a seis pontos dos lugares de subida. E ainda há embates decisivos pela frente: as recepções a Beira Mar e Trofense ou as deslocações a Vila do Conde, Estoril e Açores... isto para já não falar nos jogos teoricamente mais fáceis como a vinda do Penafiel à Póvoa ou o embate em Gondomar que - espero eu - será a revanche do jogo da primeira volta que perdemos por 3-2.

Para já a preocupação imediata é o Freamunde! Uma equipa que vem de uma vitória moralizadora no terreno do líder Trofense que de há umas semanas para cá começa a dar mostras de poder soçobrar nestas últimas semanas que restam de campeonato.

Poderá afinal faltar um 'je ne sais quoi' à equipa de António Conceição? Ou será esta apenas uma fase transitória? O teste à liderança dos da Trofa joga-se no Municipal 25 de Abril em Penafiel. Fácil? Aparentemente só em teoria... e começa-se agora a chegar à fase do campeonato em que menos se pode falhar.

Já o Vizela caiu aos pés do Rio Ave que reassumiu lugar de promoção ao vencer à última da hora um jogo que parecia condenado ao nulo. Que resposta darão agora os vilacondenses na Vila das Aves frente a uma equipa que tudo quer fazer para abandonar os lugares desconfortáveis na tabela? E o Vizela, que regressa a casa... como reagirá ante um Feirense que se vai apresentar com novo treinador depois da saída de Luís Miguel?

À nossa atenção também, os jogos entre Olhanense x Estoril e Gil Vicente x Gondomar. De Olhão convém-nos um empate... em Barcelos esperamos uma surpresa... mas nós temos de fazer a nossa parte.

Porque para ganhar só dependemos de nós: na primeira volta fomos melhores. Por mais que custe aos freamundenses ainda hoje admitirem-no, fomos superiores em toda a linha no jogo da primeira volta. E queremos escrever a história com o mesmo princípio, meio e fim.

Assim tenhamos a mesma atitude do jogo frente ao Aves em que fomos justos vencedores, apesar da margem mínima.

Infelizmente não pudemos assistir ao jogo... mas comentário aqui, comentário ali... e na imprensa de hoje, é unânime a ideia de que os três pontos nos assentam bem.

Escolhemos a crónica do jornal O Jogo e a foto d' A Bola para pontuarmos aqui esse triunfo sobre a turma avense. Não queremos, apesar de tudo, esquecer essa homenagem que foi feita à atleta do futsal do Desportivo das Aves que faleceu no passado sábado em Fornelo, vítima de acidente de viação.

No desporto somos adversários, mas na vida somos seres humanos.

À família, ao Desportivo das Aves e aos adeptos avenses, o Preto No Branco apresenta as mais sinceras condolências.

Agora, a crónica do jogo deste domingo

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«Num jogo emocionante, venceu quem mais fez pela vida, mesmo tendo falhado duas grandes penalidades. Após o excelente golo de Bruno Moreira, um livre de Nuno Mendes surpreendeu Bruno Vale e, em contra-ataque, o Aves falhou a oportunidade de ganhar vantagem. O Varzim reagiu, mas Malafaia e Bruno Moreira viram Rui Faria defender dois penáltis. Com as mexidas ao intervalo, Henrique Nunes viu a sua equipa reentrar forte e os poveiros responderam com alma. Paciente, e numa altura de picardias entre os jogadores, Yazalde garantiu uma justa vitória.»

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sábado, janeiro 12, 2008

Nisto é que a gente se safa

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lintercalar
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Campeonato de Inverno - 6.ª jornada
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varzim-----3--x--2-----Aves
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Yazalde (na foto) voltou a marcar a diferença e garantiu a liderança absoluta e inconstestável do Varzim na Liga Intercalar.
Em oito minutos (entre os 10 e os 18 do primeiro tempo), a jovem promessa arrumou com o Aves.
Na segunda parte, Miguel Vítor reduziu mas o Varzim chegou ao 3-1 por intermédio de Nicola.
O jogo teve no entanto emoção até ao fim: Marcelo, aos 89 minutos, aproximou o Aves ao marcar o 3-2 final num jogo em que, ao contrário do que se tem visto no campeonato, a equipa joga com raça, ambição e sentido de vitória.
Pena é que isso só aconteça em encontros onde a lotação dos estádios não vai - na melhor das hipóteses - além dos 500 espectadores.
Será isso o melhor que conseguiremos esta época? Dar alegrias aos adeptos numa prova onde o público escasseia e em que os jogos se realizam em horários pouco convidativos?... não sou daqueles que critica sistematicamente quando as coisas estão bem e estão mal.
Digo, e tenho dito, que uma vitória do Varzim é sempre uma vitória do Varzim!!
Só pergunto, com uma certa perplexidade, porquê que somos líderes na Intercalar e não damos - ou não temos dado - 'uma prá caixa' na Liga Vitalis?
Das três uma: ou os salários em atraso pesam... e de que maneira (o que nem quero acreditar, porque há muitos clubes com vários meses de ordenados por pagar e as equipas correspondem... ou, pelo menos, há o mínimo de brio pessoal), ou chegamos afinal à conclusão que aquele arranque fabuloso do Varzim na Liga Vitalis foi 'fogo de vista' e não temos equipa para lutar pela subida, ou então... mais radical ainda... se os habitués da Intercalar se safam, porque não pôr em campo toda a sua motivação e dedicação nos jogos da Liga Vitalis?
Amanhã, mais uma final com o Portimonense. Confesso que depositava grandes esperanças numa vitória frente ao Gondomar... agora já nem sei o que diga.
Que os deuses do futebol estejam connosco!
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quinta-feira, setembro 27, 2007

TV Varzim

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Reflectir...
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... para não repetir.
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Resumo: Porto Canal
Powered by: www.tvtuga.com
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domingo, setembro 23, 2007

Afinal contestar arbitragens compensa

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Liga Vitalis - 5.ª jornada
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Há dias em que a revolta faz todo o sentido!
Não porque a equipa tenha feito um mau jogo… pelo menos na segunda parte… mas porque a experiência nos meandros do futebol acaba por confirmar um facto indesmentível: quem mais verbera contra as arbitragens na semana antes dos jogos é quem mais sai beneficiado na jornada seguinte.
Foi o que aconteceu este domingo nas Aves. A equipa da casa fez exposições à Liga, alegando prejuízos de arbitragens, tentando encobrir a evidente incapacidade para sair da cepa torta.
E eis que a segunda parte do Aves x Varzim foi um roubo completo! Ele foi fora de jogo mal tirados, um penalti por assinalar ao cair do pano sobre Marco Cláudio, uma permissividade absurda em relação ao anti jogo dos avenses nos últimos minutos do encontro.
Tudo sem que Pedro Proença (um dos mais cotados árbitros nacionais) tomasse qualquer atitude.
Mas vinha eu de regresso a casa a ouvir a conferência de imprensa do encontro quando José Gomes, questionado sobre a arbitragem, afirmou com uma conveniente convicção que não viu nada de malicioso nas decisões do juiz lisboeta e da sua equipa de arbitragem.
Isto só não dá para rir porque a amargura que sinto por este desfecho injusto não me deixa margem para maiores ironias.
Mas o melhor ainda estava para vir: então não é que o técnico que tinha guia de marcha assinada, se hoje averbasse nova derrota, teve a desfaçatez de dizer que o Aves podia ter ganho o jogo por quatro ou cinco a zero? Mas quê? Eles são os galácticos e nós a ralé? Nós é que somos os últimos? Ou eles é que estão a olhar para a classificação de pernas pró ar?
Assim se encontra a razão para a equipa que José Gomes orienta só hoje, após cinco semanas de prova, ter amealhado a primeira vitória. Com um entendido destes ao leme, estamos conversados. É de quem, na verdade, não percebe nada de futebol!!
Melhor ficaria ao distinto treinador se admitisse que deu ordens expressas aos seus jogadores para se mandarem para o relvado, simulando lesões nos últimos minutos do encontro… ou então não seria pior se admitisse que Marco Cláudio foi puxado pelas costas dentro da grande área no último lance do encontro e o árbitro nada assinalou… ou então que, com o jogo já nos 2-1, Ukra recebeu uma bola vinda da direita e isolou-se à frente de Rui Faria em posição perfeitamente legal e o fiscal de linha (erradamente) assim não entendeu.
Ou então porque não ser homenzinho e admitir que o guardião avense simulou uma lesão na sequência de um pontapé de baliza que tinha como intuito único queimar tempo já de compensações?
É óbvio e evidente que quem leu estes primeiros parágrafos ficará a pensar que atribuímos o desaire à arbitragem. Não, nada disso. Mas, a bem da verdade, é preciso dizer que Pedro Proença e seus pares tiveram uma exibição de envergonhar a arbitragem. E depois ainda há por aí uma meia dúzia de energúmenos que afirmam à boca cheia que estamos a ser levados ao colo? Fará se não estivéssemos!
Adiante!
O resultado final não é justo… e o contrário só o dirá quem nada perceber de futebol. Mas se razões existem para justificar a nossa primeira derrota no campeonato estão todas no baixo rendimento da equipa no primeiro tempo.
A partir dos primeiros 10 minutos, o Aves foi superior. Carregou um bocadinho no acelerador e explorou as fragilidades do sector recuado do Varzim.
A jogada do primeiro golo é exemplo disso: numa arrancada pela esquerda, Pascal ultrapassa a oposição de Pedrinho, vai à linha e cruza para Leandro Tatu que aproveitou o largo espaço que os centrais do Varzim abriram para aparecer à frente de Bruno Conceição e fuzilar sem apelo nem agravo.
Voltaram a vir ao de cima as dificuldades da defensiva alvi-negra em travar este tipo de lances em que a apertada marcação à zona é absolutamente decisiva.
O tento inaugural deu aos avenses a capacidade de se agigantarem e de melhor espalharem a sua estratégia no relvado. E começam os calafrios: aos 24 minutos, uma infantilidade do meio campo varzinista deixa liberto Luís Rafael que, vendo o adiantamento de Bruno Conceição, picou uma chapelada que errou o alvo por escassos centímetros.
Nessa altura do jogo o Varzim estava completamente encostado e nem sequer teve hipótese de esboçar reacção. No minuto seguinte, Mércio desarma o desprevenido Malafaia e solta para o supersónico Tatu fazer o 2-0 por baixo das pernas de Bruno Conceição.
Com vinte minutos até ao intervalo, o Varzim tinha tempo para, pelo menos, reduzir a desvantagem mas isso não aconteceu. Seria o ideal porque, caso contrário, seria mais difícil contrariar o momento ascendente dos pupilos de José Gomes.
No segundo tempo, o Varzim foi muito mais agressivo, desligou o complicómetro e fez-se ao caminho.
Logo na primeira jogada da etapa complementar, Alexandre envia ao poste uma bola de canto.
Era o Varzim a avisar que, se perdesse, venderia cara a derrota.
E assim foi: o Aves passou a dispor de cada vez menos oportunidades e os poveiros foram gradualmente superiorizando-se ao adversário.
Em 20 minutos, lembro-me de pelo menos duas situações em que o Varzim esteve perto do 2-1: uma por Roberto (56’) que na hora H perdeu a bola entre as pernas dos centrais do Aves e outra por Pedrinho que, de frente para a baliza, mandou um petardo que passou a escassos centímetros da baliza. Ficou mesmo a sensação que a bola teria entrado!
Mas foi aos 66 minutos que o resultado assumiu proporções mais ajustadas. Candeias ganha a bola a um adversário na ala direita, ganha a linha e serve Marco Cláudio que nas alturas bate Rui Faria sem hipótese de defesa.
A partir daí foram os piores 20 minutos da vida do Aves: o Varzim instalou-se completamente no meio campo do adversário entregou-se à missão de igualar a partida com total afinco.
Marco Cláudio voltou a estar em evidência e por duas vezes podia mesmo ter feito o golo do empate… falhou sempre por milímetros.
Mas quando não era infelicidade dos jogadores do Varzim, era o apito do árbitro sempre tendente às pretensões do Desportivo das Aves que teve em Pedro Proença um aliado de peso.
Lembro-me que na última semana, José Gomes disse que sentia que o jogo com o Varzim estava ganho. Porque será??!!
O jogo chegou ao fim e, escusado será dizer, o resultado não agradou… não só porque é negativo mas também porque soa a uma imensa injustiça!
Mas o que mais me deixa feliz é que este mesmo Aves há de vir à Póvoa na segunda volta.
Aí voltamos a falar!
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